Atirador de escola no Paraná teve auxílio de dois homens para executar adolescentes, diz polícia; ambos estão presos

Após conclusão do inquérito, quatro pessoas foram indiciadas; autor do crime encontrado morto após ter sido preso em flagrante

Policiais militares em frente ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, Paraná
Foto: REUTERS/Rei Santos

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu o inquérito do ataque a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no norte do estado.

O caso ocorreu em 19 de junho, quando um ex-aluno de 21 anos utilizou um revólver calibre 38 e disparou contra os alunos. Dois estudantes morreram, um de 16 e outro de 17 anos.

O autor do crime havia sido preso em flagrante. Ao todo, foram indiciados quatro homens detidos durante as investigações: dois deles por homicídio qualificado e dois por comércio ilegal de armas de fogo.

O autor do crime foi encontrado morto na Casa de Custódia de Londrina, no decorrer das investigações e, portanto, não haverá indiciamento. Porém, durante um depoimento no mesmo dia do crime, o atirador detalhou aos policiais o planejamento da ação.

A Polícia Civil concluiu com a análise de mensagens de celular que um homem de 18 anos preso em Gravatá, em Pernambuco, foi o incentivador da ação. Ele foi indiciado por homicídio doloso.

“Mensagens encontradas no celular do autor do crime mostram que o jovem de Gravatá o incentivou a cometer o crime”, informou o delegado-chefe da Subdivisão da PCPR em Londrina, Fernando Ribeiro. “Ele foi indiciado por homicídio doloso pela Polícia Civil, visto que teve contribuição fundamental na execução do crime, instigando e direcionando o executor”.

Já um outro homem, de 21 anos, ajudou a organizar o ataque na escola. Ele já havia sido denunciado em 2022 por tentativa de homicídio, segundo o Ministério Público do Paraná.


Créditos: Catarina Nestlehner e Gabriel Ferneda da CNN

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