Em noite de Messi, Barça bate o Real no fim e põe fogo na briga pelo título

(Foto: Gerard Julien/AFP)
Aconteceu de tudo no Santiago Bernabéu na noite desse domingo. Em um jogaço, que certamente já está na história do futebol mundial, o Barcelona superou o Real Madrid por 3 a 2 e manteve a disputa pelo título do Campeonato Espanhol mais aberta do que nunca. O brasileiro Casemiro abriu o placar no Superclássico, mas Messi e Rakitic viraram para o time catalão. Sergio Ramos foi expulso em seguida e complicou as coisas para o Real, que ainda encontrou forças e chegou ao empate com Jamez Rodrígues, já aos 40 minutos da etapa final. Mas, no último lance do clássico, Lionel Messi apareceu de novo para decidir e dar a vitória ao Barcelona. De quebra, o argentino alcançou a marca de 500 com a mesma camisa.
Mais do que o sabor em derrotar seu eterno rival fora de casa, o Barcelona ainda tomou a liderança da competição. Ambos os times somam 75 pontos, com o Barça à frente pelo critério de desempate, depois de 33 rodadas. Restam apenas cinco para o fim. Mas, vale lembrar que o real Madrid tem um jogo a menos, o seu grande trunfo na briga pelo título.
Enquanto Ronaldo Fenômeno e Luis Figo, ídolo de ambas as torcidas, se cumprimentavam nas tribunas do Santiago Bernabéu, a bola começava a rolar no gramado. Em campo, a primeira polêmica não demorou para a aparecer. Logo aos dois minutos, Cristiano Ronaldo sofreu um leve toque de Umtiti dentro da área e desabou pedindo pênalti, ignorado pelo árbitro.
O time da casa começou melhor, pressionando, sempre pela direita, onde o camisa 7 mais uma vez assustou com uma finalização de fora da área. O Barcelona só respondeu aos 10 minutos, em chute de Luis Suárez, que saiu à direita de Navas. Mas, foi só.
Não fosse Ter Stegen, Cristiano Ronaldo também teria aberto o placar aos 20. Mas, a honra do primeiro gol coube ao brasileiro Casemiro, que vinha se destacando nos desarmes até então. Sergio Ramos cabeceou bola na trave e o ex-são-paulino não perdoou.
O Barcelona não conseguia encaixar seu jogo, mas, quem tem Messi sempre tem esperança. Em uma jogada genial, de pura habilidade, o argentino limpou dois marcadores e marcou um golaço para empatar o clássico em menos de cinco minutos.
E se o time catalão não tinha Neymar, o real Madrid, antes do intervalo, perdeu Gareth Bale. O galês, que voltara justamente para encarar o arquirrival, sentiu a lesão e deu lugar a Asensio. A alteração, não mudou o panorama da partida na etapa final. O Barça até conseguiu ter mais posse de bola, mas o Real Madrid era sempre mais perigoso quando subia ao ataque.
Para conter o ímpeto dos madrilenhos, os visitantes contava com uma grande atuação de Ter Stegen. O goleiro fez mais duas defesas espetaculares antes dos 10 minutos para manter a igualdade no placar. Do outro lado, Navas trabalhava menos, mas, quando era exigido, também dava conta do recado. Jogo aberto no Santiago Bernabéu.
Era hora de algo diferente para ambas as equipes. Luis Henrique sacou Paco Alcácer, o substituto de Neymar nesse domingo, e mandou André Gomes para o jogo. Enquanto isso, Zidane resolveu tirar Casemiro, que já tinha levado um cartão amarelo, para apostar em Kovacic.
Quem se deu bem depois disso? O Barcelona. Aos 27 minutos, Rakitic recebeu na entrada da área, pela direita do ataque, fintou Kroos e bateu de perna esquerda, colocado, sem chances para Navas. Mais um golaço do Barça no estádio do maior rival e virada consolidada.

Com o gol nos acréscimos, Messi chegou aos 500 com a camisa do Barcelona (Foto: Gerard Julien/AFP)

E não bastasse estar perdendo, o Real Madrid viu seus planos começarem a ruir de vez quando Sergio Ramos resolveu dar um carrinho duro em Messi. O árbitro não titubeou e expulsou o espanhol, que ainda saiu de campo discutindo com Piqué e aplaudindo ironicamente a arbitragem, repetindo o mesmo gesto que causou a suspensão de Neymar.
Mas clássico é doação total. Com um a menos, abatido depois de levar a virada, o Real Madrid encontrou forças para evitar a derrota diante de seus torcedores. Aso 40 minutos, James Rodriguez, que entrara na vaga de Benzema três minutos antes, recebeu de Marcelo e tocou para o fundo do gol do Barça. Muita fez do colombiano e de todos os madrilenhos no Santiago Bernabéu.
Mas, de novo, o improvável, o inesperado, a presença do craque se fez superior. No último lance do jogo, na jogada que retardou o apito final, em rápido contra-ataque, Lionel Messi apareceu dentro da área para pegar de primeira, completar o passe para trás de Alba e mandar para as redes.
Além da dar a vitória ao Barcelona em cima do arquirrival, Messi chegou aos 500 gols com a camisa do time que o criou para o futebol. No fim, quem riu por último foi a minoria no Santiago Bernabéu.
Gazeta Esportiva

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