Meia só virou o camisa 77 para não criar atrito com Guilherme, hoje no Atlético-PR (foto: Fernando Dantas/Gazeta Press) |
Jadson quer voltar a ser o camisa 10 do Corinthians. Apesar de festejado por usar a 77 em homenagem ao ano em que o clube encerrou um jejum de quase 23 anos sem conquistas expressivas, o meia espera trocar de número logo após a reedição da final estadual contra a Ponte Preta, no domingo, em Itaquera.
“Quando cheguei, a diretoria falou comigo, e entramos em um consenso para eu disputar o Campeonato Paulista com a 77. Era mais uma homenagem ao título, aos jogadores de antigamente. Naquele momento, ninguém esperava que o Corinthians reeditaria essa final contra a Ponte Preta”, rememorou, nesta terça-feira.
Repatriado do Tianjin Quanjian, da China, Jadson ficou com a camisa 77 porque a 10 já havia sido concedida ao contestado meia Guilherme, hoje emprestado ao Atlético-PR. O número emblemático foi entregue ao principal reforço do time de Fábio Carille pelos próprios campeões de 1977 – Basílio, Wladimir, Tobias, Vaguinho e Geraldão – em uma breve cerimônia ocorrida antes da derrota por 2 a 0 para o Santo André, no gramado de Itaquera.
“Quando o Campeonato Paulista acabar, prefiro voltar à camisa 10, já que o Guilherme não está mais no grupo. Vou falar com o Fábio (Carille) e com a diretoria. Como o número está vago, não vejo problema algum”, avisou Jadson.
Com o 77 ou com o 10 às costas, o meia de 33 anos goza de identificação com a torcida do Corinthians. O ídolo Basílio havia até se empolgado com a possibilidade de o atleta do presente repetir o seu feito e sair de uma decisão contra a Ponte Preta como herói: “Torço muito para que o autor do gol seja o Jadson, que está usando a camisa 77”.
Futuro camisa 10 e autor de um gol na vitória por 3 a 0 sobre a Ponte, em Campinas, Jadson gostaria de ganhar mais um adereço antes de se despedir do número que marcou a vida de Basílio – a faixa de capitão. Assim como fazia o seu mentor Tite, Fábio Carille adota um rodízio entre quem usa a braçadeira. No jogo de volta contra a Ponte Preta, contudo, o escolhido poderá ter a honra de ser o primeiro a erguer o troféu do título paulista.
“Ficaria muito honrado de levantar a taça pelo Corinthians”, avisou Jadson, antes de ser político, como nos tempos em que tinha Guilherme como concorrente pela camisa 10. “O Carille ainda não falou nada sobre isso. Independentemente de quem levantar a taça, o importante é ser campeão”, discursou.
Gazeta Esportiva