Time celeste cai em Salvador e Mano Menezes fica pressionado (Foto: Betto Jr/Light Press) |
O Bahia não quis saber se o técnico Mano Menezes não tinha zagueiros mais experientes para colocar em campo usando somente um defensor oficial, no duelo da noite desta quinta-feira, na Arena Fonte Nova, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor venceu o Cruzeiro, por 1 a 0, e mandou pressão para o lado do treinador cruzeirense, que terá de se explicar com a segunda derrota consecutiva na competição.
O Cruzeiro entrou em campo apenas com Léo, sendo o zagueiro principal. Do lado dele, Henrique, volante, foi chamado para cumprir a função pela falta de atletas na posição, alguns lesionados ou servindo suas seleções. Mesmo tendo um jovem da base que joga na zaga a disposição, o treinador azul fez a opção que se mostrou errada nos primeiros minutos de jogo. Aos oito minutos, o volante improvisado na zaga foi expulso, após erro de marcação, e complicou a vida azul. Minutos depois, o Bahia aproveitou a instabilidade defensiva do Cruzeiro para marcar seu gol e garantir seus três pontos. Com duas derrotas consecutivas, Menezes vive grande pressão nos bastidores.
O resultado deixa o Bahia em sexto, com nove pontos somados. O Cruzeiro está na décima colocação, com sete tentos. A Raposa recebe agora o Atlético-GO, no Mineirão, às 18h30, no domingo. O tricolor vai até o Rio Grande do Sul, na segunda-feira, às 20h, para duelar com o Grêmio.
Primeiro tempo
O Cruzeiro entrou em campo já com um problema. Sem Dedé, ainda contundido, e Caicedo servindo a seleção de seu país, o técnico Mano Menezes preferiu entrar apenas com um zagueiro em campo. O atletas que cumpriu a função ao lado de Léo foi o experiente volante Henrique.
A permanência de Henrique em campo, porém, durou apenas 8 minutos. A dupla de zaga celeste vacilou no ponto e caiu na armadilha que tinha sido claramente planejada para ferir a defesa azul. Minutos antes uma tentativa igual, mas depois, sem erro, o ataque do Bahia saiu na cara do gol, o camisa 8, na tentativa de recuperar a bola, encostou no avante adversário e fez a falta. Como o tricolor estava de cara para o gol, restou ao celeste o cartão vermelho – emprestado do auxiliar para o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães que não sabia se um de seus objetos de trabalho tinha ficado no Rio de Janeiro, sua terra natal, ou no vestiário da Arena Fonte Nova.
Após o vermelho de Henrique, o técnico Mano Menezes tentou manter sua equipe sem substituições. Ele segurou mais o primeiro volante, Lucas Romero, e um dos laterais, formando uma defesa com três “zagueiros”. Isso, porém, tinha efeito na outra ponta, pois a Raposa não tinha consistência para atacar, era um time fraco do meio para frente.
Aos 17 minutos, com o Bahia superior em campo e a Raposa se arrastando, encontrando grande dificuldade tanto na frente quanto em sua defesa, o clube da casa chegou ao gol. Em jogada rápida, Allione fez o cruzamento e Edigar Júnio colocou a testa na bola para abrir o marcador.
Minutos depois, o atacante Ramon Ábila, com uma atitude infantil, no calor do jogo, acertou a mão no rosto de um adversário e levou o cartão amarelo. Com o Cruzeiro mal, vendo o clima ruim de sua equipe em campo, com problemas de nervosismo e técnicos, Mano Menezes decidiu colocar um zagueiro formado nas categorias de base em campo.
A alteração feita por Mano Menezes deu resultados. O Cruzeiro passou a ter mais consistência em campo e isso também resultava lá na frente. Foi justamente depois da entrada de Murilo que o Cruzeiro teve sua melhor chance no jogo, com uma chegada de Diogo Barbosa na linha de fundo. Ele deixou a bola para Robinho que tentou o gol, mas o goleiro fez a defesa.
Segundo tempo
O Cruzeiro voltou mais bem postado em campo. O time do técnico Mano Menezes conseguiu preencher os espaços e não sofria tanto – mostrando, sobretudo, que a tática inicial de entrar apenas com um zagueiro se mostrou errada.
O Bahia, porém, também se mostrava consistente e errava pouco. O Cruzeiro estava ainda mais bem postado em campo, passou a criar e ter um futebol de propor o jogo, mesmo estando com menos jogadores.
Mas o Cruzeiro jogando deste forma ficava muito aberto e era justamente o que o Bahia esperava, um contra-ataque para definir o jogo.
Então a partida se desenhava da seguinte forma: o Cruzeiro tinha a bola nos pés, trocava passes em busca de criatividade, o Bahia esperava, evitava sustos e descia no contra-ataque em velocidade. Isso rendeu algum lance perigoso para a Raposa, mas o Tricolor que quase ampliou, mas foi parado pela trave.
FICHA TÉCNICA
BAHIA 1 x 0 CRUZEIRO
BAHIA 1 x 0 CRUZEIRO
Local: Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)
Data: 08 de junho de 2017, quinta-feira
Horário: 21 horas (de Brasília)
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhaes (RJ)
Assistentes: Rodrigo F. Henrique Correa e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (Ambos RJ)
Data: 08 de junho de 2017, quinta-feira
Horário: 21 horas (de Brasília)
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhaes (RJ)
Assistentes: Rodrigo F. Henrique Correa e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (Ambos RJ)
Gols: Edigar Júnio, aos 17 minutos do primeiro tempo (Bahia).
Cartões amarelos: Renê Júnior, Eduardo, Vinícius, Tiago (Bahia); Ezequiel, Ábila (Cruzeiro)
Cartão Vermelho: Henrique (Cruzeiro)
Cartões amarelos: Renê Júnior, Eduardo, Vinícius, Tiago (Bahia); Ezequiel, Ábila (Cruzeiro)
Cartão Vermelho: Henrique (Cruzeiro)
BAHIA – Jean; Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Matheus Reis; Renê Junior e Juninho; Allione (Mendoza), Vinícius (Gustavo Ferrareis) e Zé Rafael; Edigar Junio
Técnico: Jorginho
Técnico: Jorginho
CRUZEIRO – Fábio, Ezequiel, Léo, Diogo Barbosa e Lucas Romero; Henrique, Ariel Cabral, Robinho (Elber), Thiago Neves (Rafinha) e Alisson; Ramon Ábila (Murilo).
Técnico: Mano Menezes.
Técnico: Mano Menezes.
Gazeta Esportiva