Diversos torcedores ficaram feridos no confronto (foto: Geraldo Bubniak/AGB/Gazeta Press) |
Os arredores do Couto Pereira se transformaram em um campo de batalha cerca de três horas antes de a partida entre Coritiba e Corinthians começar, na manhã deste domingo. Torcedores das duas equipes protagonizaram uma confusão que terminou com diversos feridos, cinco deles transportados a hospitais de Curitiba, de acordo com o Corpo de Bombeiros. O corintiano Jonatan José Gomes Souza da Silva chegou a ter a sua morte confirmada pela Polícia Civil, mas foi reanimado e encontra-se em estado grave no Hospital do Trabalhador.
O tumulto começou quando três ônibus e uma van que levavam torcedores do Corinthians ao estádio sem escolta policial erraram o caminho e depararam com a sede de uma organizada do Coritiba. Atacados com pedaços de madeira, alguns corintianos desceram do veículo para revidar.
A Polícia Militar interveio minutos após o princípio da briga, recorrendo a bombas de efeito moral e gás de pimenta para dispersar os torcedores que ainda estavam por lá, além de fazer uso de um helicóptero para monitorar a ação. Mais tarde, um suspeito das agressões que deixou o torcedor corintiano em estado grave foi detido. Outros ainda são procurados.
“Acabamos de deter o principal autor do crime, João Carlos de Oliveira, de 24 anos, por tentativa de homicídio. Ele será autuado em flagrante a partir do término do jogo. Em relação ao torcedor do Corinthians, chegou inicialmente a informação de que ele teria entrado em óbito. Depois, foi constatado que os médicos o reanimaram”, informou o delegado Clóvis Galvão, da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe).
A confusão atrasou a chegada do Corinthians ao Couto Pereira. Para realizar aquecimento e não comprometer a sua preparação, o time de Fábio Carille não participou do protocolo inicial da partida, deixando o Coritiba sozinho durante as execuções dos hinos do Paraná e do Brasil.
“Não sei o que aconteceu, mas estou cansado de pedir paz. Isso tem que vir da legislação. Todo o mundo faz o que quer, e ninguém é punido. Não adianta a gente falar se as autoridades não se mexerem”, lamentou Carille.
Gazeta Esportiva