Ronaldo não gostava dos treinos táticos da Seleção (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press) |
Após 15 anos do pentacampeonato brasileiro, Luiz Felipe Scolari, o técnico responsável pelo Brasil naquela época, ressaltou o protagonismo do meia Rivaldo, que é um dos menos “exaltados” desta Seleção, uma vez que não balançou tantas vezes as redes como Ronaldo e Ronaldinho. Além disso, Felipão aproveitou para revelar o comportamento de Ronaldo diante de treinos táticos, que, de acordo com o técnico, era preciso atender a algumas vontades do camisa 9, para tê-lo bem nas atividades de tática.
“Nenhum me deu trabalho. Quem me dava trabalho, no campo, era o Ronaldo. Porque quando a gente ia trabalhar taticamente era uma má vontade, não participava… o que ele queria vinha logo depois do treino tático, era o que ele mais gostava de fazer, chute a gol, cruzamento para que ele finalizasse. Uma série de coisas que, como técnico, não me interessavam muito. Tínhamos que dar um ‘docinho’ para ele, um treino de finalizações ao final do trabalho tático”, disse em entrevista ao canal Fox Sports.
Ainda assim, o técnico justificou a atitude do jogador. “Mas o Ronaldo só fazia aquilo também porque ele sabia que depois, no campo, no primeiro ou segundo momento que a bola estivesse com ele, ele faria o gol”, explicou.
Além da dificuldade em ter Ronaldo focado durante as atividades táticas, Felipão aproveitou para ressaltar a importância de Rivaldo, que, para ele, foi o melhor do time. “Na minha opinião, Rivaldo foi o melhor jogador taticamente de todas as partidas do Brasil. Ele foi importante na bola parada, em posicionamentos… e eu sempre digo que o Rivaldo foi daquela Seleção, taticamente, o jogador que mais me auxiliou”, destacou.
“Às vezes as pessoas esquecem da parte tática no Brasil e apenas veem o final, o gol, quem foi artilheiro. Mas o Rivaldo, para a equipe, foi o melhor jogador”, finalizou.
Gazeta Esportiva