Os governos da Alemanha e da Espanha anunciaram que vão enviar de tanques de guerra avançados para apoiar as ações militares do governo da Ucrânia na defesa de seu território, invadido pelas tropas da Rússia em 24 de fevereiro de 2022. O anúncio foi feito pelos dois governos nesta quarta-feira, 25.
A decisão foi tomada após meses de apelos do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que considera a utilização desses tanques como fundamental do ponto de vista estratégico para retomar os territórios ocupados pelo exército russo.
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse que seu governo enviará tanques de guerra do modelo Leopard 2 ao país invadido pela Rússia. Ele afirmou que, num primeiro momento, a Alemanha enviará 14 veículos Leopard 2 A6 de seus próprios estoques.
A autoridade Alemã também informou que outros países aliados, como Polônia, Finlândia e Holanda, que já haviam se manifestado positivamente quanto ao fornecimento dos equipamentos, acompanharão a Alemanha na decisão. O chefe da Academia Federal de Política de Segurança das Forças Armadas alemãs, Ekkehard Brose, relacionou o momento com a 2ª Guerra Mundial. “Os tanques de fabricação alemã enfrentarão os tanques russos na Ucrânia mais uma vez”, disse. “Não foi um pensamento fácil, mas é a decisão certa”, ponderou.
O ministro da Presidência espanhola, Félix Bolaños, também anunciou apoio à Ucrânia e o envio de equipamentos de guerra espanhóis.
“A Espanha está onde tem que estar. Com Alemanha, França, Itália ou Portugal. A posição é estar com nossos aliados e parceiros para ajudar a Ucrânia. É uma decisão que faz parte da nossa colaboração na Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], amplamente compartilhada pelo país e pelo Congresso”, afirmou Bolaños.
O objetivo das forças aliadas é enviar, ao todo, dois batalhões à Ucrânia, ou seja, 88 tanques. O tanque do modelo Leopard é considerado um dos equipamentos de guerra mais modernos e potentes do mundo. No total, 14 países europeus possuem esse tipo de veículo. A demora na liberação dos tanques se deu por causa da exigência de Scholz que os países agissem de forma coordenada, por temer que a Rússia retalie a iniciativa com ameaças nucleares.
Fonte: FanF1 | Foto: Reprodução do site Forças Terrestres
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