As forças de segurança do Rio têm intensificado ações contra quadrilhas ligadas a facções criminosas do estado. Desde o início do ano, 10 lideranças de outros estados que buscaram esconderijo em território fluminense, na tentativa de expandir seus negócios, acabaram presas ou neutralizadas. A maior parte estava abrigada em comunidades dominadas por quadrilhas de tráfico de drogas.
Entre os presos, está um criminoso da alta cúpula do tráfico de drogas em Sergipe, que estava abrigado em ua das favelas do Colplexo da Maré. O traficante Breno Vinícius Garção Martins, preso no dia 23 de março, no Complexo de Comunidades da Maré, no Rio de Janeiro, era investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), pela morte da influenciadora digital Núbia Cristina Braga. Núbia tinha 23 anos e foi morta a tiros dentro da casa dela, em outubro do ano passado, no Bairro Santa Maria, na Zona Sul de Aracaju. Ela mantinha dois perfis nas redes sociais, que somam mais de 57 mil seguidores.
“Esse resultado traz uma mensagem clara: não admitimos que bandidos de outros estados usem o Rio como esconderijo para continuar a praticar crimes. Nossas polícias Civil e Militar têm atuado e vão continuar a atuar de forma integrada e com inteligência para localizar e capturar esses criminosos, onde quer que eles estejam”, disse o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
Em março, durante operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, o maior criminoso do Pará foi morto em confronto, assim como outros nove bandidos paraenses. O principal alvo da ação era apontado como responsável por uma série de ataques contra agentes de segurança daquele estado. A quadrilha do traficante também teria participação nos confrontos que atingem comunidades na Zona Oeste do Rio. O criminoso, inclusive, teria orquestrado o assalto ao shopping Village Mall, na Barra da Tijuca, ocasião em que um segurança foi morto.
Entre os presos, estão o chefe do Comando Vermelho de Fortaleza; o traficante mais procurado de Minas Gerais; dois integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) de Rondônia; o líder de uma organização criminosa da Bahia; uma traficante apontada como articuladora de ataques no Rio Grande do Norte, além de um criminoso do mesmo estado também envolvido nos atos terroristas; um dos mais perigosos assaltantes de banco do país, alvo prioritário da Secretaria de Segurança do Paraná; além de um foragido da Justiça do Mato Grosso, líder do Comando Vermelho naquele estado e responsável por fornecer drogas e armas à facção que controla o tráfico de drogas no Complexo da Maré.
“Melhoramos as condições de trabalho dos nossos policiais, aumentamos a tropa nas ruas, adquirimos novos equipamentos e alcançamos reduções históricas nos índices de criminalidade. Temos investido pesado na área para conquistar esses resultados: nada menos que R$ 1 bilhão. Não vou medir esforços para que o Rio seja um lugar mais seguro para se viver, viajar e investir”, afirmou o governador.
Créditos e Foto: FanF1