A categoria dos professores do Estado não encarou como suficiente o aumento salarial de 2,5%, previsto no projeto de lei do Executivo aprovado nesta terça-feira (9), na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese).
“O projeto dos 2,5% foi aprovado, mas a nossa luta pela carreira não acabou, por isso, é importantíssimo que continuemos mobilizados. A paralisação continua amanhã e, a partir das 8h, estaremos na Praça Fausto Cardoso. Nossa luta é pela retomada da carreira, respeito, dignidade e valorização", disse nas redes sociais o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese), professor Roberto Silva.
O Projeto de Lei aprovado trata da revisão geral anual dos valores padrões de salário-base, subsídio ou vencimento dos servidores públicos civis e militares, ativos e inativos da Administração Estadual Administração Direta, Autárquica e Fundacional de Direito Público.
Através do PL nº 173/2023, categorias a exemplo dos policiais civis, militares e professores terão os vencimentos reajustados em 2,5%. O projeto foi aprovado por maioria e votaram contra Georgeo Passos (Cidadania), Linda Brasil (PSOL), Marcos Oliveira (PL) e Paulo Júnior (PV). Especialmente quanto ao reajuste para os professores, as críticas foram contundentes.
“Não se trata tão somente dos 2,5% que refletem ao cabo em 70, 80 ou 90 reais nos salários dos professores, mas na retomada da carreira dos professores, que está congelada. Imagine ano a ano, década a década, recebendo qualquer tipo de salário congelado, o valor da inflação vai corroer o poder de compra; imagine o risco para a previdência dos professores e foi por isso que a gente fez os pedidos para que pudéssemos ter essa discussão. A categoria vem lutando. Professor e nem ninguém precisa de esmola”, disse o deputado Marcos Oliveira (PL).
“Essa é uma proposta vergonhosa do Governo do Estado de Sergipe; aqui estamos vendo a luta de uma categoria organizada. Eu como Mestra em Educação, sei como a Educação é importante na vida das pessoas. O Governo do Estado desrespeita a carreira dos professores", avaliou a deputada Linda Brasil (PSOL).
Créditos: Alese
Foto: F5 News