Destroços do submersível Titan chegam a porto no Canadá; veja fotos

Embarcação estava desaparecida há cinco dias quando detritos foram encontrados pela Guarda Costeia dos EUA

Foto: OceanGate

Os destroços do submersível Titan, que implodiu no Oceano Atlântico durante expedição ao Titanic, chegaram no porto de Saint Johns, no Canadá, nesta quarta-feira (28). As primeiras fotos do que restou da embarcação foram reveladas. (Veja acima).

A empresa Pelagic Research Services, responsável por trazer o material à superfície, concluiu com sucesso” as operações de resgate do submarino Titan e “estará em processo de desmobilização do Horizon Arctic” nestaa manhã.

“Eles trabalharam incansavelmente por dez dias, enfrentando os desafios físicos e mentais desta operação, e estão ansiosos para completar a missão e retornar para seus entes queridos”, disse a empresa em um comunicado.

Um robô continua vasculhando o fundo do mar em busca de detritos da implosão fatal, enquanto as autoridades dos EUA e do Canadá voltam sua atenção da busca e resgate para investigar o que levou ao desastre marítimo e se alguma lei foi violada.

Na última quinta-feira (22), a Guarda Costeira dos Estados Unidos informou que encontrou o corpo externo da embarcação, que estava desaparecido desde domingo (18).





O submersível Titan


O Titan é tecnicamente um submersível, e não um submarino como tem sido popularmente chamado. Um submersível tem reservas de energia limitadas e precisa de um navio de apoio na superfície para lançá-lo e recuperá-lo.

O Titan normalmente gasta cerca de 10 a 11 horas durante cada viagem ao naufrágio do Titanic, enquanto os submarinos podem ficar debaixo d’água por meses.

Fiel ao seu nome, o Titan pesa mais de 10 mil quilos e é feito de fibra de carbono e titânio, com recursos de segurança para monitorar a integridade estrutural da embarcação, de acordo com seu operador, a OceanGate Expeditions.

Há apenas um banheiro e não há assentos – com o máximo de cinco passageiros, eles devem sentar-se de pernas cruzadas no chão. Não há janelas, exceto a escotilha através da qual os passageiros veem o Titanic.

Sem GPS debaixo d’água, o Titan se comunica com sua nave-mãe por mensagens de texto, e o submersível é obrigado a se comunicar a cada 15 minutos, de acordo com o site arquivado da OceanGate Expeditions. A última comunicação entre a embarcação e o Polar Prince ocorreu às 11h47 de domingo.

Partes do Titan são decididamente de baixa tecnologia. O submersível é controlado por controle de jogar videogame. “Essencialmente se parece com um controlador de PlayStation”, disse Gabe Cohen, que se sentou em Titan em 2018 enquanto fazia reportagens sobre a OceanGate Expeditions para a afiliada da CNN KOMO.

A embarcação é mantida debaixo d’água por lastro – pesos pesados que ajudam na estabilidade – construído para ser liberado automaticamente após 24 horas para enviar o submarino à superfície, segundo Newman. “Ele foi projetado para voltar”.


Créditos: Da CNN
Foto: Reprodução/ICI Radio Canada

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