Apesar de ceder os artefatos ao país aliado, presidente da Rússia diz que não pretende usá-los neste momento
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (16) que o posicionamento de armas nucleares táticas em Belarus representam um lembrete de que o Ocidente não conseguirá impor uma derrota estratégica aos russos.
Nesta sexta, Putin confirmou pela primeira vez a existência das armas nucleares russas em Belarus.
Falando durante o principal fórum econômico da Rússia, em São Petersburgo, Putin disse que as ogivas nucleares táticas russas foram entregues à aliada Belarus, mas sublinhou que não via necessidade de recorrer a esse tipo de armamentos neste momento.
“Como vocês sabem, estávamos negociando com nosso aliado [o presidente bielorrusso, Alexander] Lukashenko para transferir uma parte dessas armas nucleares táticas para o território de Belarus– isso aconteceu”, disse Putin.
“As primeiras ogivas nucleares foram entregues ao território de Belarus. Mas apenas as primeiras, a primeira parte. Mas vamos terminar esse trabalho até o fim do verão [do hemisfério norte] ou até o fim do ano.”
O primeiro posicionamento desse tipo de ogivas –armas nucleares de alcance curto que podem potencialmente ser usadas no campo de batalha– por parte de Moscou fora da Rússia desde a queda da União Soviética teve o objetivo de servir de alerta ao Ocidente sobre armar e apoiar a Ucrânia, afirmou o líder russo.
“É precisamente como um elemento de dissuasão para que todos aqueles que estejam pensando sobre inflingir uma derrota estratégica contra nós não ignorem esta circunstância”, disse Putin, usando um termo diplomático para uma derrota tão severa que o poderio russo seria diminuído no cenário mundial por décadas.
Lukashenko, fiel aliado de Putin, disse na terça-feira (13) que seu país havia começado a receber entregas de armas nucleares táticas da Rússia que incluem algumas três vezes mais poderosas do que as bombas atômicas que os EUA jogaram no Japão em 1945.
O líder russo anunciou em março que havia concordado em deslocar armas nucleares táticas para Belarus, mencionando que os EUA posicionaram ogivas como essas em vários países europeus ao longo de várias décadas.
Putin diz que Ocidente quer derrota estratégica
Os Estados Unidos criticaram a decisão de Putin, mas disseram que não têm a intenção de alterar sua própria posição sobre armas nucleares estratégicas e que não veem sinais de que a Rússia está se preparando para usar armas nucleares.
A medida da Rússia ainda está sendo observada de perto por Washington e seus aliados, e também pela China, que repetidas vezes alertou contra o uso de armas nucleares na guerra na Ucrânia.
Putin afirmou que o Ocidente está fazendo tudo que pode para inflingir uma derrota estratégica à Rússia na Ucrânia, onde Moscou está em sua maior guerra por terra na Europa desde a Segunda Guerra Mundial após invadir o país vizinho ano passado, no que chamou de “operação militar especial”.
Mas a Rússia não precisa recorrer a armas nucleares por ora, disse Putin, sinalizando que não há mudança na postura nuclear de Moscou, que só prevê tal movimento se a existência do Estado russo estiver ameaçada.
“As armas nucleares foram feitas para garantir nossa segurança no sentido mais amplo da palavra e a existência do Estado russo, mas nós… não temos essa necessidade [de usá-las]”, disse Putin.
Com um tom desafiador, ele discursou à elite política e empresarial de seu país, dizendo que a contraofensiva da Ucrânia contra as forças russas até agora não havia obtido sucesso significativo. As forças de Kiev estão sofrendo perdas pesadas e “não têm chance” contra o Exército da Rússia, disse Putin.
Créditos: Reuters
Foto: Sputnik/Grigory Sysoyev/Pool via REUTERS
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (16) que o posicionamento de armas nucleares táticas em Belarus representam um lembrete de que o Ocidente não conseguirá impor uma derrota estratégica aos russos.
Nesta sexta, Putin confirmou pela primeira vez a existência das armas nucleares russas em Belarus.
Falando durante o principal fórum econômico da Rússia, em São Petersburgo, Putin disse que as ogivas nucleares táticas russas foram entregues à aliada Belarus, mas sublinhou que não via necessidade de recorrer a esse tipo de armamentos neste momento.
“Como vocês sabem, estávamos negociando com nosso aliado [o presidente bielorrusso, Alexander] Lukashenko para transferir uma parte dessas armas nucleares táticas para o território de Belarus– isso aconteceu”, disse Putin.
“As primeiras ogivas nucleares foram entregues ao território de Belarus. Mas apenas as primeiras, a primeira parte. Mas vamos terminar esse trabalho até o fim do verão [do hemisfério norte] ou até o fim do ano.”
O primeiro posicionamento desse tipo de ogivas –armas nucleares de alcance curto que podem potencialmente ser usadas no campo de batalha– por parte de Moscou fora da Rússia desde a queda da União Soviética teve o objetivo de servir de alerta ao Ocidente sobre armar e apoiar a Ucrânia, afirmou o líder russo.
“É precisamente como um elemento de dissuasão para que todos aqueles que estejam pensando sobre inflingir uma derrota estratégica contra nós não ignorem esta circunstância”, disse Putin, usando um termo diplomático para uma derrota tão severa que o poderio russo seria diminuído no cenário mundial por décadas.
Lukashenko, fiel aliado de Putin, disse na terça-feira (13) que seu país havia começado a receber entregas de armas nucleares táticas da Rússia que incluem algumas três vezes mais poderosas do que as bombas atômicas que os EUA jogaram no Japão em 1945.
O líder russo anunciou em março que havia concordado em deslocar armas nucleares táticas para Belarus, mencionando que os EUA posicionaram ogivas como essas em vários países europeus ao longo de várias décadas.
Putin diz que Ocidente quer derrota estratégica
Os Estados Unidos criticaram a decisão de Putin, mas disseram que não têm a intenção de alterar sua própria posição sobre armas nucleares estratégicas e que não veem sinais de que a Rússia está se preparando para usar armas nucleares.
A medida da Rússia ainda está sendo observada de perto por Washington e seus aliados, e também pela China, que repetidas vezes alertou contra o uso de armas nucleares na guerra na Ucrânia.
Putin afirmou que o Ocidente está fazendo tudo que pode para inflingir uma derrota estratégica à Rússia na Ucrânia, onde Moscou está em sua maior guerra por terra na Europa desde a Segunda Guerra Mundial após invadir o país vizinho ano passado, no que chamou de “operação militar especial”.
Mas a Rússia não precisa recorrer a armas nucleares por ora, disse Putin, sinalizando que não há mudança na postura nuclear de Moscou, que só prevê tal movimento se a existência do Estado russo estiver ameaçada.
“As armas nucleares foram feitas para garantir nossa segurança no sentido mais amplo da palavra e a existência do Estado russo, mas nós… não temos essa necessidade [de usá-las]”, disse Putin.
Com um tom desafiador, ele discursou à elite política e empresarial de seu país, dizendo que a contraofensiva da Ucrânia contra as forças russas até agora não havia obtido sucesso significativo. As forças de Kiev estão sofrendo perdas pesadas e “não têm chance” contra o Exército da Rússia, disse Putin.
Créditos: Reuters
Foto: Sputnik/Grigory Sysoyev/Pool via REUTERS