Corpos apresentavam sinais de rituais "anti-vampiros", comuns no século XIX
Restos mortais de aproximadamente 450 pessoas foram encontrados durante escavação para alargamento de uma rua na pequena vila de Luzino, no norte da Polônia. O estado, no entanto, em que foram encontrados os corpos chamou a atenção: os esqueletos tinham as cabeças posicionadas entre as pernas, além de moedas colocadas nas bocas.
A prática, comuns no século XIX na Polônia, faz parte do que se acreditava ser um ritual para impedir a “maldição de vampiros”, comum e disseminada no folclore polonês medieval.
Após a descoberta, arqueólogos foram chamados para investigar o local, que fazia parte de um antigo cemitério desativado próximo à igreja da cidade.
Segundo explicou Maciej Stromski, arqueólogo responsável pela escavação, ao jornal polonês The First News, “o que descobrimos são exemplos de crença nos mortos voltando do túmulo, que só poderiam ser interrompidos por decapitação”
“Acreditava-se que se um membro da família do falecido morresse logo após o funeral, então ele ou ela poderia ser um vampiro”, completou. As moedas encontradas com os restos mortais datam de 1846.
Cultura local
Esta, no entanto, não é a primeira vez que um cemitério tido como de vampiros é encontrado no país. Em 2014, dois sítios arqueológicos foram revelados no sul e noroeste da Polônia, ambos com características de sepultamento comuns às práticas anti-vampiras da época.
Neles, dentes foram removidos, pedaços de pedra foram colocados na boca e pernas foram estacadas, no que se acredita ter sido para evitar que o corpo se levantasse da sepultura.
À CNN, Titus Hjelm, que especialista em cultos sobre vampiros na Escola de Estudos Eslavos e do Leste Europeu na University College London, explicou que o costume de colocar uma pedra na boca dos mortos tinha como objetivo fazer uma “barreira sobrenatural” entre os mundos dos mortos e dos vivos.
“Segundo algumas fontes, os poloneses pensavam que os vampiros nasciam, em vez de serem ‘feitos'”, explicou ele. “Eles [os vampiros] eram pessoas normais que podiam viver vidas normais, não aristocratas vivendo em castelos distantes. Os problemas só começaram quando essas pessoas morreram. Eles poderiam voltar a viver com suas famílias e até mesmo engravidar suas esposas”.
Créditos: Luisa Panza colaboração para a CNN
Foto: Divulgação/Luzino
Restos mortais de aproximadamente 450 pessoas foram encontrados durante escavação para alargamento de uma rua na pequena vila de Luzino, no norte da Polônia. O estado, no entanto, em que foram encontrados os corpos chamou a atenção: os esqueletos tinham as cabeças posicionadas entre as pernas, além de moedas colocadas nas bocas.
A prática, comuns no século XIX na Polônia, faz parte do que se acreditava ser um ritual para impedir a “maldição de vampiros”, comum e disseminada no folclore polonês medieval.
Após a descoberta, arqueólogos foram chamados para investigar o local, que fazia parte de um antigo cemitério desativado próximo à igreja da cidade.
Segundo explicou Maciej Stromski, arqueólogo responsável pela escavação, ao jornal polonês The First News, “o que descobrimos são exemplos de crença nos mortos voltando do túmulo, que só poderiam ser interrompidos por decapitação”
“Acreditava-se que se um membro da família do falecido morresse logo após o funeral, então ele ou ela poderia ser um vampiro”, completou. As moedas encontradas com os restos mortais datam de 1846.
Cultura local
Esta, no entanto, não é a primeira vez que um cemitério tido como de vampiros é encontrado no país. Em 2014, dois sítios arqueológicos foram revelados no sul e noroeste da Polônia, ambos com características de sepultamento comuns às práticas anti-vampiras da época.
Neles, dentes foram removidos, pedaços de pedra foram colocados na boca e pernas foram estacadas, no que se acredita ter sido para evitar que o corpo se levantasse da sepultura.
À CNN, Titus Hjelm, que especialista em cultos sobre vampiros na Escola de Estudos Eslavos e do Leste Europeu na University College London, explicou que o costume de colocar uma pedra na boca dos mortos tinha como objetivo fazer uma “barreira sobrenatural” entre os mundos dos mortos e dos vivos.
“Segundo algumas fontes, os poloneses pensavam que os vampiros nasciam, em vez de serem ‘feitos'”, explicou ele. “Eles [os vampiros] eram pessoas normais que podiam viver vidas normais, não aristocratas vivendo em castelos distantes. Os problemas só começaram quando essas pessoas morreram. Eles poderiam voltar a viver com suas famílias e até mesmo engravidar suas esposas”.
Créditos: Luisa Panza colaboração para a CNN
Foto: Divulgação/Luzino
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