É a segunda tentativa do país depois que seu esforço anterior com o Chandrayaan-2 em 2019 falhou
A Índia está tentando se tornar apenas o quarto país a executar um pouso controlado na lua com o lançamento bem-sucedido na manhã desta sexta-feira (14) de sua missão Chandrayaan-3.
Chandrayaan, que significa “veículo lunar” em sânscrito, decolou do Centro Espacial Satish Dhawan em Sriharikota, no sul do estado de Andhra Pradesh, pouco depois das 6h [horário de Brasília].
Multidões se reuniram no centro espacial para assistir ao lançamento histórico e mais de 1 milhão de pessoas sintonizaram para assistir no YouTube.
É a segunda tentativa da Índia de pouso suave, depois que seu esforço anterior com o Chandrayaan-2 em 2019 falhou.
Sua primeira sonda lunar, a Chandrayaan-1, orbitou a lua e foi deliberadamente aterrissada na superfície lunar em 2008.
Desenvolvido pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), o Chandrayaan-3 é composto por um módulo de pouso, um módulo de propulsão e um rover.
Seu objetivo é pousar com segurança na superfície lunar, coletar dados e conduzir uma série de experimentos científicos para aprender mais sobre a composição da lua.
Apenas três outros países conseguiram a complicada façanha de fazer um pouso suave de uma espaçonave na superfície da lua – Estados Unidos, Rússia e China.
Os engenheiros indianos trabalham no lançamento há anos. Eles pretendem pousar Chandrayaan-3 perto do terreno desafiador do inexplorado Pólo Sul da lua.
A primeira missão lunar da Índia, Chandrayaan-1, descobriu moléculas de água na superfície da lua. Onze anos depois, o Chandrayaan-2 entrou com sucesso na órbita lunar, mas seu rover caiu na superfície da lua. Também deveria explorar o pólo sul da lua.
Na época, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi saudou os engenheiros por trás da missão, apesar do fracasso, prometendo continuar trabalhando no programa espacial e nas ambições da Índia.
Pouco antes do lançamento desta sexta, Modi disse que o dia “sempre será gravado em letras douradas no que diz respeito ao setor espacial da Índia”.
“Esta missão notável levará as esperanças e os sonhos de nossa nação”, disse ele em um post no Twitter.
Desde então, a Índia gastou cerca de US$ 75 milhões em sua missão Chandrayaan-3. Modi disse que o foguete cobrirá mais de 300.000 quilômetros e chegará à lua nas “próximas semanas”.
Décadas em construção
O programa espacial da Índia existe há mais de seis décadas, quando era uma república recém-independente e um país profundamente pobre que se recuperava de uma divisão sangrenta.
Quando lançou seu primeiro foguete ao espaço, em 1963, o país não era páreo para as ambições dos Estados Unidos e da ex-União Soviética, que estavam muito à frente na corrida espacial.
Agora, a Índia é a nação mais populosa do mundo e sua quinta maior economia. Possui uma população jovem em expansão e é o lar de um centro crescente de inovação e tecnologia. E as ambições espaciais da Índia estão se recuperando sob o comando de Modi.
Para o líder, que chegou ao poder em 2014 com a bandeira do nacionalismo e da grandeza futura, o programa espacial da Índia é um símbolo da proeminência crescente do país no cenário global.
Em 2014, a Índia se tornou a primeira nação asiática a chegar a Marte, quando colocou a sonda Mangalyaan em órbita ao redor do Planeta Vermelho, por US$ 74 milhões – menos do que os US$ 100 milhões que Hollywood gastou na produção do thriller espacial “Gravidade”.
Três anos depois, a Índia lançou um recorde de 104 satélites em uma missão.
Em 2019, Modi anunciou em um raro discurso na televisão que a Índia havia derrubado um de seus próprios satélites, no que alegou ser um teste antissatélite, tornando-se um dos apenas quatro países a fazê-lo.
Naquele mesmo ano, o ex-presidente da ISRO, Kailasavadivoo Sivan, disse que a Índia planejava estabelecer uma estação espacial independente até 2030.
Atualmente, as únicas estações espaciais disponíveis para tripulações de expedição são a Estação Espacial Internacional (um projeto conjunto entre vários países) e a Estação Espacial Tiangong da China.
O rápido desenvolvimento e a inovação tornaram a tecnologia espacial um dos setores mais quentes da Índia para investidores – e os líderes mundiais parecem ter percebido. N
o mês passado, quando Modi se encontrou com o presidente dos EUA, Joe Biden, em Washington em uma visita de estado, a Casa Branca disse que os dois líderes buscavam mais colaboração na economia espacial. E as ambições espaciais da Índia não param na Lua ou em Marte.
A ISRO também propôs o envio de um orbitador para Vênus.
Créditos: Rhea Mogul
Chandrayaan-3 foi lançado com sucesso ( Foto: Reuters ) |
A Índia está tentando se tornar apenas o quarto país a executar um pouso controlado na lua com o lançamento bem-sucedido na manhã desta sexta-feira (14) de sua missão Chandrayaan-3.
Chandrayaan, que significa “veículo lunar” em sânscrito, decolou do Centro Espacial Satish Dhawan em Sriharikota, no sul do estado de Andhra Pradesh, pouco depois das 6h [horário de Brasília].
Multidões se reuniram no centro espacial para assistir ao lançamento histórico e mais de 1 milhão de pessoas sintonizaram para assistir no YouTube.
É a segunda tentativa da Índia de pouso suave, depois que seu esforço anterior com o Chandrayaan-2 em 2019 falhou.
Sua primeira sonda lunar, a Chandrayaan-1, orbitou a lua e foi deliberadamente aterrissada na superfície lunar em 2008.
Desenvolvido pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), o Chandrayaan-3 é composto por um módulo de pouso, um módulo de propulsão e um rover.
Seu objetivo é pousar com segurança na superfície lunar, coletar dados e conduzir uma série de experimentos científicos para aprender mais sobre a composição da lua.
Apenas três outros países conseguiram a complicada façanha de fazer um pouso suave de uma espaçonave na superfície da lua – Estados Unidos, Rússia e China.
Os engenheiros indianos trabalham no lançamento há anos. Eles pretendem pousar Chandrayaan-3 perto do terreno desafiador do inexplorado Pólo Sul da lua.
A primeira missão lunar da Índia, Chandrayaan-1, descobriu moléculas de água na superfície da lua. Onze anos depois, o Chandrayaan-2 entrou com sucesso na órbita lunar, mas seu rover caiu na superfície da lua. Também deveria explorar o pólo sul da lua.
Na época, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi saudou os engenheiros por trás da missão, apesar do fracasso, prometendo continuar trabalhando no programa espacial e nas ambições da Índia.
Pouco antes do lançamento desta sexta, Modi disse que o dia “sempre será gravado em letras douradas no que diz respeito ao setor espacial da Índia”.
“Esta missão notável levará as esperanças e os sonhos de nossa nação”, disse ele em um post no Twitter.
Desde então, a Índia gastou cerca de US$ 75 milhões em sua missão Chandrayaan-3. Modi disse que o foguete cobrirá mais de 300.000 quilômetros e chegará à lua nas “próximas semanas”.
Décadas em construção
O programa espacial da Índia existe há mais de seis décadas, quando era uma república recém-independente e um país profundamente pobre que se recuperava de uma divisão sangrenta.
Quando lançou seu primeiro foguete ao espaço, em 1963, o país não era páreo para as ambições dos Estados Unidos e da ex-União Soviética, que estavam muito à frente na corrida espacial.
Agora, a Índia é a nação mais populosa do mundo e sua quinta maior economia. Possui uma população jovem em expansão e é o lar de um centro crescente de inovação e tecnologia. E as ambições espaciais da Índia estão se recuperando sob o comando de Modi.
Para o líder, que chegou ao poder em 2014 com a bandeira do nacionalismo e da grandeza futura, o programa espacial da Índia é um símbolo da proeminência crescente do país no cenário global.
Em 2014, a Índia se tornou a primeira nação asiática a chegar a Marte, quando colocou a sonda Mangalyaan em órbita ao redor do Planeta Vermelho, por US$ 74 milhões – menos do que os US$ 100 milhões que Hollywood gastou na produção do thriller espacial “Gravidade”.
Três anos depois, a Índia lançou um recorde de 104 satélites em uma missão.
Em 2019, Modi anunciou em um raro discurso na televisão que a Índia havia derrubado um de seus próprios satélites, no que alegou ser um teste antissatélite, tornando-se um dos apenas quatro países a fazê-lo.
Naquele mesmo ano, o ex-presidente da ISRO, Kailasavadivoo Sivan, disse que a Índia planejava estabelecer uma estação espacial independente até 2030.
Atualmente, as únicas estações espaciais disponíveis para tripulações de expedição são a Estação Espacial Internacional (um projeto conjunto entre vários países) e a Estação Espacial Tiangong da China.
O rápido desenvolvimento e a inovação tornaram a tecnologia espacial um dos setores mais quentes da Índia para investidores – e os líderes mundiais parecem ter percebido. N
o mês passado, quando Modi se encontrou com o presidente dos EUA, Joe Biden, em Washington em uma visita de estado, a Casa Branca disse que os dois líderes buscavam mais colaboração na economia espacial. E as ambições espaciais da Índia não param na Lua ou em Marte.
A ISRO também propôs o envio de um orbitador para Vênus.
Créditos: Rhea Mogul