Sergipe teve a 2ª menor queda na procura por empréstimos no Nordeste

A redução foi de 14,2%, ficando atrás apenas do Maranhão, com 13,3%

(Créditos: Google)

Sergipe teve a segunda menor queda na procura por empréstimos no primeiro semestre deste ano, dentre os estados da região Nordeste, de acordo com o Indicador Serasa Experian. A redução foi de 14,2%, ficando atrás apenas do Maranhão, que registrou uma queda de 13,3% na busca dos consumidores por recursos financeiros.

Enquanto isso, Alagoas se destacou como o estado nordestino com a maior retração nesse quesito. No primeiro semestre deste ano, a procura por recursos financeiros no estado sofreu uma queda significativa de 21,5%.

Ao analisar a procura por crédito no recorte por renda mensal dos consumidores, o indicador Serasa Experian identificou que todas as faixas de renda experimentaram uma queda no primeiro semestre de 2023. Entretanto, a retração foi mais acentuada entre aqueles que recebem até R$ 500.

O economista Rodrigo Rocha, que é doutor em ciência da propriedade intelectual e mestre em desenvolvimento regional e gestão de empreendimentos locais, explica que muitos fatores podem influenciar nessa procura. “A exemplo do nível de ocupação, renda e inadimplência da população, fazendo com que as pessoas tenham menor necessidade e acesso ao crédito”, disse.

Segundo ele, pode haver impactos por conta dessas reduções na procura por empréstimos na economia dos estados do Nordeste, considerando a relevância do crédito para o consumo e investimentos. “Crédito só é bom se houver capacidade de pagamento. Caso contrário, só aumentará o nível de inadimplência, criando uma situação difícil para toda a economia no médio prazo. A economia está em uma fase de recuperação e com um bom potencial de crescimento, e existe ainda uma expectativa de queda na taxa de juros. Tudo isso muito provavelmente levará à retomada de crédito ao longo dos próximos meses”, afirmou Rodrigo.

Em relação às medidas que podem ser adotadas pelos governos e instituições financeiras para estimular a retomada da procura por crédito de forma sustentável, Rodrigo acredita que “três pontos são muito importantes para a procura por crédito aumentar: estimular o crescimento da economia (para geração de emprego e renda); queda na taxa SELIC (taxa básica de juros da economia brasileira) e o programa “Desenrola Brasil”, que poderá reduzir significativamente o número de pessoas com os nomes negativados”.

Ainda de acordo com o especialista, há uma esperança de melhoria da economia brasileira. “Está com uma boa perspectiva para o crescimento, estimulando a geração de mais ocupações e, consequentemente, mais renda. Existe uma forte expectativa de queda na taxa Selic, tornando o crédito mais barato e, por fim, está sendo executado programa 'Desenrola Brasil'. Se todos esses fatos realmente ocorreram conforme previsto, com certeza a demanda pelo crédito voltará a crescer”, concluiu.

Créditos: F5 News


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