Veículo pode não ter uma versão mais barata por conta de prejuízos
O Cybertruck da Tesla provavelmente não estará disponível em uma versão mais econômica, de acordo com um documento apresentado pela empresa aos reguladores governamentais.
O registro revela ainda que o Cybertruck, assim como outras caminhonetes elétricas, será pesado.
O documento em questão é um decodificador de Número de Identificação do Veículo, ou VIN, na sigla em inglês.
Ele foi publicado on-line pela Administração Nacional de Segurança no Trânsito de Estradas dos Estados Unidos (NHTSA, na sigla em inglês), e descoberto recentemente em um quadro de mensagens do Cybertruck.
Todo veículo de passageiros vendido nos EUA é obrigado a ter um VIN, que é uma sequência de 14 dígitos e letras, identificando o veículo motorizado específico e alguns detalhes de sua montagem.
Ao contrário de uma placa, ela fica permanentemente fixada no veículo, mas é difícil vê-la sem chegar perto.
Ele aparece em diversos locais do veículo, inclusive em uma placa metálica estampada visível na parte inferior do para-brisa e na parte interna da moldura da porta do motorista.
Código VIN
A última parte de um VIN é uma série de dígitos aleatórios que identificam aquele veículo, distinguindo-o de outros que possam parecer semelhantes.
A primeira parte longa do registro traz informações sobre o fabricante do veículo, o modelo, onde foi feito e outros dados.
Ao fornecer um decodificador VIN, uma montadora está dizendo aos reguladores e a outros o que realmente significam todos os dígitos e letras nos primeiros dois terços do VIN.
Um decodificador VIN pode revelar muito sobre os planos de uma montadora para um determinado modelo por meio do que está – e do que não está – listado lá.
No documento do decodificador VIN para seus veículos do ano modelo 2024, a Tesla revela que pode não ter planos de oferecer uma versão com tração nas duas rodas do Cybertruck, pelo menos não em seu primeiro ano.
Um Cybertruck com tração nas duas rodas seria, presumivelmente, mais barato do que as versões com tração nas quatro rodas. No passado, a Tesla disse que um modelo mais básico também seria oferecido.
No documento do decodificador VIN, o oitavo dígito no VIN de uma caminhonete será uma letra que indica o tipo de sistema de acionamento que ela possui.
Existem letras que designam versões de dois e três motores, que seriam com tração integral.
Nos veículos da Tesla, como na maioria dos veículos elétricos, a tração integral é criada com um ou dois motores acionando as rodas dianteiras e um ou dois acionando as rodas traseiras.
Pelos documentos, não há nenhum indício de que o Cybertruck seja um veículo de motor único para o ano modelo 2024.
Peso pesado
O sexto dígito no VIN indica a classificação de peso bruto do veículo, ou GVWR.
O GVWR indica o peso máximo que o veículo totalmente carregado pode pesar, incluindo o próprio peso, ocupantes e carga. A faixa de peso mais baixa listada é de cerca de 3.600 kg a quase 4.100 kg.
Isso é cerca de 910 kg a mais do que o GVWR mais baixo para, em comparação, um Ford F-150.
Mas é semelhante às classificações de peso bruto do veículo para outras picapes elétricas, como a Ford F-150 Lightning e a Rivian R1T.
Devido a suas baterias pesadas, as caminhonetes elétricas tendem a pesar mais do que as movidas a gasolina, acrescentando até 910 kg ao seu peso bruto.
A Tesla não seria a única a não oferecer um caminhão elétrico com tração nas duas rodas.
Nem a Ford, nem a Rivian oferecem uma versão com tração nas duas rodas de seus caminhões. A Tesla ainda não anunciou o preço do Cybertruck, mas a empresa disse no passado que o modelo mais barato custaria US$ 40.000 (R$ 200.340).
Se esse for o caso, o Cybertruck seria cerca de US$ 10.000 (R$ 50.085) mais barato que o F-150 Lightning mais barato e muito menos que o Rivian R1T.
Mercado concorrido
Quando a Tesla revelou o Cybertruck pela primeira vez no final de 2019, nenhuma outra montadora oferecia caminhonetes elétricas no mercado.
Agora, a Ford, a General Motors e a iniciante Rivian já estão vendendo caminhonetes do tipo. Uma picape Ram elétrica é esperada em cerca de um ano.
A Tesla não respondeu às perguntas enviadas por e-mail sobre seus planos para o Cybertruck.
Além disso, a GM adiou recentemente o aumento da produção de sua picape, afirmando, em parte, que tomaria essa atitude para se ajustar à procura do produto pelos consumidores.
Recentemente, várias montadoras tiveram que oferecer descontos em seus elétricos para eliminar acúmulos de veículos não vendidos nos lotes das concessionárias.
O CEO da Tesla, Elon Musk, admitiu recentemente que o Cybertruck, com sua carroceria composta principalmente de metal puro com as laterais planas, é muito difícil de fabricar com lucro, então pode fazer sentido que a empresa não ofereça as versões mais baratas.
“Quero enfatizar que haverá enormes desafios para atingir o volume de produção com o Cybertruck e, em seguida, tornar positivo o fluxo de caixa do Cybertruck”, disse Musk em uma teleconferência de resultados.
*Com informações de Chris Isidore
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O Cybertruck da Tesla provavelmente não estará disponível em uma versão mais econômica, de acordo com um documento apresentado pela empresa aos reguladores governamentais.
Divulgação |
O registro revela ainda que o Cybertruck, assim como outras caminhonetes elétricas, será pesado.
O documento em questão é um decodificador de Número de Identificação do Veículo, ou VIN, na sigla em inglês.
Ele foi publicado on-line pela Administração Nacional de Segurança no Trânsito de Estradas dos Estados Unidos (NHTSA, na sigla em inglês), e descoberto recentemente em um quadro de mensagens do Cybertruck.
Todo veículo de passageiros vendido nos EUA é obrigado a ter um VIN, que é uma sequência de 14 dígitos e letras, identificando o veículo motorizado específico e alguns detalhes de sua montagem.
Ao contrário de uma placa, ela fica permanentemente fixada no veículo, mas é difícil vê-la sem chegar perto.
Ele aparece em diversos locais do veículo, inclusive em uma placa metálica estampada visível na parte inferior do para-brisa e na parte interna da moldura da porta do motorista.
Código VIN
A última parte de um VIN é uma série de dígitos aleatórios que identificam aquele veículo, distinguindo-o de outros que possam parecer semelhantes.
A primeira parte longa do registro traz informações sobre o fabricante do veículo, o modelo, onde foi feito e outros dados.
Ao fornecer um decodificador VIN, uma montadora está dizendo aos reguladores e a outros o que realmente significam todos os dígitos e letras nos primeiros dois terços do VIN.
Um decodificador VIN pode revelar muito sobre os planos de uma montadora para um determinado modelo por meio do que está – e do que não está – listado lá.
No documento do decodificador VIN para seus veículos do ano modelo 2024, a Tesla revela que pode não ter planos de oferecer uma versão com tração nas duas rodas do Cybertruck, pelo menos não em seu primeiro ano.
Um Cybertruck com tração nas duas rodas seria, presumivelmente, mais barato do que as versões com tração nas quatro rodas. No passado, a Tesla disse que um modelo mais básico também seria oferecido.
No documento do decodificador VIN, o oitavo dígito no VIN de uma caminhonete será uma letra que indica o tipo de sistema de acionamento que ela possui.
Existem letras que designam versões de dois e três motores, que seriam com tração integral.
Nos veículos da Tesla, como na maioria dos veículos elétricos, a tração integral é criada com um ou dois motores acionando as rodas dianteiras e um ou dois acionando as rodas traseiras.
Pelos documentos, não há nenhum indício de que o Cybertruck seja um veículo de motor único para o ano modelo 2024.
Peso pesado
O sexto dígito no VIN indica a classificação de peso bruto do veículo, ou GVWR.
O GVWR indica o peso máximo que o veículo totalmente carregado pode pesar, incluindo o próprio peso, ocupantes e carga. A faixa de peso mais baixa listada é de cerca de 3.600 kg a quase 4.100 kg.
Isso é cerca de 910 kg a mais do que o GVWR mais baixo para, em comparação, um Ford F-150.
Mas é semelhante às classificações de peso bruto do veículo para outras picapes elétricas, como a Ford F-150 Lightning e a Rivian R1T.
Devido a suas baterias pesadas, as caminhonetes elétricas tendem a pesar mais do que as movidas a gasolina, acrescentando até 910 kg ao seu peso bruto.
A Tesla não seria a única a não oferecer um caminhão elétrico com tração nas duas rodas.
Nem a Ford, nem a Rivian oferecem uma versão com tração nas duas rodas de seus caminhões. A Tesla ainda não anunciou o preço do Cybertruck, mas a empresa disse no passado que o modelo mais barato custaria US$ 40.000 (R$ 200.340).
Se esse for o caso, o Cybertruck seria cerca de US$ 10.000 (R$ 50.085) mais barato que o F-150 Lightning mais barato e muito menos que o Rivian R1T.
Mercado concorrido
Quando a Tesla revelou o Cybertruck pela primeira vez no final de 2019, nenhuma outra montadora oferecia caminhonetes elétricas no mercado.
Agora, a Ford, a General Motors e a iniciante Rivian já estão vendendo caminhonetes do tipo. Uma picape Ram elétrica é esperada em cerca de um ano.
A Tesla não respondeu às perguntas enviadas por e-mail sobre seus planos para o Cybertruck.
Além disso, a GM adiou recentemente o aumento da produção de sua picape, afirmando, em parte, que tomaria essa atitude para se ajustar à procura do produto pelos consumidores.
Recentemente, várias montadoras tiveram que oferecer descontos em seus elétricos para eliminar acúmulos de veículos não vendidos nos lotes das concessionárias.
O CEO da Tesla, Elon Musk, admitiu recentemente que o Cybertruck, com sua carroceria composta principalmente de metal puro com as laterais planas, é muito difícil de fabricar com lucro, então pode fazer sentido que a empresa não ofereça as versões mais baratas.
“Quero enfatizar que haverá enormes desafios para atingir o volume de produção com o Cybertruck e, em seguida, tornar positivo o fluxo de caixa do Cybertruck”, disse Musk em uma teleconferência de resultados.
*Com informações de Chris Isidore