Criado em Pernambuco, formato tem movimentado a cena do esporte sergipano
O futebol é tido como um esporte nacional do Brasil. Grande berço de craques, clubes e rivalidades centenárias, histórico invejável em competições, sendo o país com mais títulos de Mundiais. Enfim, feitos para comprovar o quanto o esporte está imerso no cotidiano dos brasileiros não faltam.
Uma das principais características que renovam a paixão do brasileiro por esse esporte é sua facilidade de adaptação para as diferentes realidades. Saindo do ambiente do futebol profissional e mergulhando no esporte amador, é possível observar variações, formatos e dinâmicas diferentes. Uma delas tem ganhado cada vez mais espaço no país: o X1.
Inspirada diretamente no futebol, a regra do X1 é simples: duelos de um contra um, cada um com seu goleiro. A modalidade caiu no gosto do brasileiro, sendo inclusive transmitido pela CazéTV, tendo audiências que alcançam os seis dígitos. Em Sergipe, isso não tem sido diferente, e encontrar anúncios com competições, páginas com transmissões de duelos não é difícil. Uma delass é o X1 Favela City.
X1 em Aracaju
Não demorou muito para que o vigilante José Washington Santos, de 26 anos, enxergasse a possibilidade de investir na modalidade. Washington revela que conheceu o X1 através daquele que é apontado como o criador, o pernambucano Ney Silva: “Ele idealizou, ele que sempre rodou muita várzea em Recife, e por meio de brincadeiras, de apostas, criou o X1”, explicou.
Hoje ele está por trás do X1 Favela City, que possui mais de 20 mil seguidores. “Começou Inicialmente com um amigo meu, Ricardinho, ele começou esse projeto com uma brincadeira, gravando os amigos numa resenha, há dois anos. Ele teve a ideia de fazer um evento, que foi justamente o evento que joguei, um jogo de abertura. Eu tinha ajudado ele um pouco e as coisas foram ficando mais sérias, aparecendo algumas parcerias, eventos para comparecer”, iniciou.
Depois desse primeiro contato, como ele mesmo se expressa, “foi tomando gosto e perdendo a vergonha”. De jogador, ele passou a ser o rosto por trás do X1 Favela City.
“A proposta do X1 Favela City é de ajudar o próximo. Ajudar os blogueiros, os que estão começando agora, os que às vezes ficam sem jeito, os atletas novos. Estamos há dois anos com a página, então a gente já é um pouco conhecido aqui no nosso estado”, declarou ao portal.
Washington se envolve tanto com o X1 que hoje ele também narra os duelos da modalidade. “Para mim é uma experiência única. Antes de cuidar da página eu sempre tive receio, insegurança. Tem as questões de bordões que eu creio que isso a gente vai pegando com mais tempo. Eu narro o jogo, hoje em dia os influencers fazem as transmissões mais de resenha. Então eles ficam conversando com o seguidor. Eu firmei essa personalidade de narrar o jogo”, afirmou.
X1 da inclusão
Foi olhando para o seu próprio bairro, o América, na Zona Oeste da capital, que Washington teve a ideia de criar o X1 de amputados. Os duelos colocam frente a frente pessoas que perderam os membros inferiores.
“No início da página, a gente ficava mais centrado no nosso bairro. Por ser uma página menor, porque era o pessoal que a gente conhecia, tinha mais segurança de gerar nosso conteúdo. E tinha uma equipe que a gente juntava o treinamento, onde apareceu dois amigos amputados pedindo para treinar”, relembrou.
Além do X1 de amputados, a página promove eventos de X1 feminino. Ele se considera o idealizador dessa modalidade em Aracaju. Após uma primeira tentativa de promover um evento 100% com mulheres com outras pessoas produzindo não dar certo, Washington tomou à dianteira e fez o evento acontecer.
“Procurei selecionar as melhores atletas que eu pudesse para fazer um confronto. Foi até o jogo de x2, na verdade, foi Dai e Taiyani contra mais outras duas meninas e graças a Deus deu certo. Fiz até uma premiação, uma medalha, para elas guardarem de recordação e ficar marcado que elas foram as primeiras atletas de x1 para participar de um evento”, afirmou.
“O que sustenta o X1 são as bancas de apostas. Aqui no estado está crescendo e numa proporção muito grande. Já rolaram muitos eventos, hoje têm muitas páginas de x1, têm muitas pessoas tentando ingressar. Têm muitos eventos no interior, aqui na capital. Hoje têm várias pessoas que vivem disso, vivem da modalidade”, concluiu.
Por Emerson Esteves
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Reprodução/Instagram |
O futebol é tido como um esporte nacional do Brasil. Grande berço de craques, clubes e rivalidades centenárias, histórico invejável em competições, sendo o país com mais títulos de Mundiais. Enfim, feitos para comprovar o quanto o esporte está imerso no cotidiano dos brasileiros não faltam.
Uma das principais características que renovam a paixão do brasileiro por esse esporte é sua facilidade de adaptação para as diferentes realidades. Saindo do ambiente do futebol profissional e mergulhando no esporte amador, é possível observar variações, formatos e dinâmicas diferentes. Uma delas tem ganhado cada vez mais espaço no país: o X1.
Inspirada diretamente no futebol, a regra do X1 é simples: duelos de um contra um, cada um com seu goleiro. A modalidade caiu no gosto do brasileiro, sendo inclusive transmitido pela CazéTV, tendo audiências que alcançam os seis dígitos. Em Sergipe, isso não tem sido diferente, e encontrar anúncios com competições, páginas com transmissões de duelos não é difícil. Uma delass é o X1 Favela City.
X1 em Aracaju
Não demorou muito para que o vigilante José Washington Santos, de 26 anos, enxergasse a possibilidade de investir na modalidade. Washington revela que conheceu o X1 através daquele que é apontado como o criador, o pernambucano Ney Silva: “Ele idealizou, ele que sempre rodou muita várzea em Recife, e por meio de brincadeiras, de apostas, criou o X1”, explicou.
Hoje ele está por trás do X1 Favela City, que possui mais de 20 mil seguidores. “Começou Inicialmente com um amigo meu, Ricardinho, ele começou esse projeto com uma brincadeira, gravando os amigos numa resenha, há dois anos. Ele teve a ideia de fazer um evento, que foi justamente o evento que joguei, um jogo de abertura. Eu tinha ajudado ele um pouco e as coisas foram ficando mais sérias, aparecendo algumas parcerias, eventos para comparecer”, iniciou.
Depois desse primeiro contato, como ele mesmo se expressa, “foi tomando gosto e perdendo a vergonha”. De jogador, ele passou a ser o rosto por trás do X1 Favela City.
“A proposta do X1 Favela City é de ajudar o próximo. Ajudar os blogueiros, os que estão começando agora, os que às vezes ficam sem jeito, os atletas novos. Estamos há dois anos com a página, então a gente já é um pouco conhecido aqui no nosso estado”, declarou ao portal.
Washington se envolve tanto com o X1 que hoje ele também narra os duelos da modalidade. “Para mim é uma experiência única. Antes de cuidar da página eu sempre tive receio, insegurança. Tem as questões de bordões que eu creio que isso a gente vai pegando com mais tempo. Eu narro o jogo, hoje em dia os influencers fazem as transmissões mais de resenha. Então eles ficam conversando com o seguidor. Eu firmei essa personalidade de narrar o jogo”, afirmou.
X1 da inclusão
Foi olhando para o seu próprio bairro, o América, na Zona Oeste da capital, que Washington teve a ideia de criar o X1 de amputados. Os duelos colocam frente a frente pessoas que perderam os membros inferiores.
“No início da página, a gente ficava mais centrado no nosso bairro. Por ser uma página menor, porque era o pessoal que a gente conhecia, tinha mais segurança de gerar nosso conteúdo. E tinha uma equipe que a gente juntava o treinamento, onde apareceu dois amigos amputados pedindo para treinar”, relembrou.
“Eles fizeram tudo, exatamente tudo que os outros meninos estavam fazendo, e eu achei isso muito, muito inspirador. Daí eu postei. Isso aí é apenas o treino e repercutiu muito e eu tive a ideia de juntar justamente esses dois que estavam treinando no x1”, complementou.
Além do X1 de amputados, a página promove eventos de X1 feminino. Ele se considera o idealizador dessa modalidade em Aracaju. Após uma primeira tentativa de promover um evento 100% com mulheres com outras pessoas produzindo não dar certo, Washington tomou à dianteira e fez o evento acontecer.
“Procurei selecionar as melhores atletas que eu pudesse para fazer um confronto. Foi até o jogo de x2, na verdade, foi Dai e Taiyani contra mais outras duas meninas e graças a Deus deu certo. Fiz até uma premiação, uma medalha, para elas guardarem de recordação e ficar marcado que elas foram as primeiras atletas de x1 para participar de um evento”, afirmou.
“O que sustenta o X1 são as bancas de apostas. Aqui no estado está crescendo e numa proporção muito grande. Já rolaram muitos eventos, hoje têm muitas páginas de x1, têm muitas pessoas tentando ingressar. Têm muitos eventos no interior, aqui na capital. Hoje têm várias pessoas que vivem disso, vivem da modalidade”, concluiu.
Por Emerson Esteves