Taiwan relata atividade de caças e bombardeiros chineses com início de campanha eleitoral

China diz faz que atividades na região para evitar o "conluio" entre separatistas de Taiwan e os Estados Unidos.

Aeronave do Exército de Libertação Popular da China sobrevoa o ponto panorâmico de 68 milhas náuticas, um dos pontos mais próximos da China continental à ilha de Taiwan, na ilha de Pingtan, em 5 de agosto de 2022
Reprodução/Reuters

Taiwan relatou novamente, nesta quarta-feira (22), que a China está realizando atividades militares ao redor da ilha, com 11 aeronaves cruzando o Estreito de Taiwan, enquanto a campanha para as eleições de 2024 ano na ilha se intensifica.

O território é governado democraticamente, mas a China reivindica seu controle. A administração local tem se queixado nos últimos quatro anos de patrulhas e exercícios militares chineses regulares perto da ilha, já que Pequim procura pressionar Taipei sobre quanto à soberania.

A ilha realizará eleições presidenciais e parlamentares em 13 de janeiro de 2023, e os candidatos devem se registrar na comissão eleitoral nesta semana para poderem participar.

O Partido Democrático Progressista (DPP), que lidera o governo e que Pequim vê como separatista, registrou sua candidatura presidencial na terça-feira (21), enquanto a oposição está em desacordo sobre uma possível candidatura conjunta.

O Ministério da Defesa de Taiwan disse que, desde o início da tarde desta quarta-feira, detectou caças J-10 e J-16, bem como bombardeiros H-6 e outras aeronaves realizando missões.

Onze desses aviões cruzaram a linha do Estreito de Taiwan, voando no espaço aéreo ao centro e sudoeste da ilha, trabalhando com navios de guerra chineses para realizar “patrulhas conjuntas de prontidão de combate”, acrescentou o ministério.

A linha do estreito tinha servido anteriormente como uma barreira não oficial entre os dois lados e que os aviões chineses agora sobrevoam regularmente.

Taiwan enviou suas próprias forças para monitorar a situação, disse o ministério.

O Ministério da Defesa da China não respondeu às ligações pedindo comentários. O país asiático afirma que suas atividades na região pretendem evitar o “conluio” entre os separatistas de Taiwan e os Estados Unidos e proteger sua integridade territorial.

O governo de Taiwan, que tem se oferecido repetidamente para conversar com a China, rejeita as reivindicações de soberania de Pequim e diz que somente o povo da ilha pode decidir seu futuro.

Por Ben Blanchard da Reuters


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