Houthis dizem que atingiram navio de guerra americano; EUA não falam em danos.
A Maersk disse que dois navios operados por sua subsidiária nos Estados Unidos e que transportavam suprimentos militares americanos pelo Estreito de Bab al-Mandab, no Mar Vermelho, precisaram dar meia-volta após explosões próximas às suas posições. As embarcações eram acompanhadas pela Marinha dos EUA.
“Durante a rota, ambos os navios relataram terem visto explosões nas proximidades, e a escolta da Marinha dos EUA também interceptou vários projéteis”, pontuou a Maersk em comunicado, acrescentando que estava suspendendo o tráfego no Mar Vermelho por navios da subsidiária americana.
Um porta-voz dos Houthis do Iêmen afirmou que dispararam mísseis balísticos contra vários navios de guerra dos EUA que protegiam dois navios comerciais norte-americanos.
Ambas as embarcações comerciais são operadas pela Maersk Line, Limited, a subsidiária nos Estados Unidos que transporta cargas para o Departamento de Defesa, o Departamento de Estado, a USAID (agência de ajuda humanitária) e outras agências governamentais dos EUA.
Os navios estão inscritos no Programa de Segurança Marítima e no Acordo Voluntário de Transporte Marítimo Intermodal com o governo dos EUA, razão pela qual foram escoltados através do estreito por navios da Marinha dos EUA, explicou a Maersk.
Esses programas são administrados pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos para transportar tropas, suprimentos e equipamentos durante tempos de guerra ou emergência nacional.
Os navios e a tripulação saíram ilesos e foram escoltados de volta ao Golfo de Aden pela Marinha, destacou a Maersk.
O porta-voz militar Houthi, Yahya Sarea, disse em comunicado que as forças Houthis atacaram vários navios de guerra dos EUA com mísseis balísticos nesta quarta-feira (24).
Ele comentou que o “confronto” durou mais de duas horas, com um dos navios de guerra atingido diretamente e os dois navios comerciais tendo “que se retirar e retornar”.
“Vários dos nossos mísseis balísticos atingiram os seus alvos, apesar das tentativas dos navios de guerra para os interceptar”, afirmou o comunicado.
As forças Houthis dispararam três mísseis balísticos antinavio contra o porta-contêineres Maersk Detroit, de bandeira dos EUA,, enquanto ele transitava pelo Golfo de Aden, ressaltou o Comando Central dos EUA.
Não houve relatos de feridos ou danos ao navio, acrescentou a nota.
Tráfego alterado
Em 5 de janeiro, a Maersk anunciou que iria desviar os seus navios porta-contêineres do Mar Vermelho até novo aviso. Até esta quarta-feira (24), os navios da MLL eram a exceção, o que não ocorrerá mais, pontuou a Maersk.
“Após a escalada do risco, a MLL está suspendendo o trânsito na região até novo aviso”, afirmou.
Marinheiros permanecem na linha de fogo e assinaram acordos para receberem pagamento duplo ao entrarem em zonas de alto risco.
“Há um sentimento de vulnerabilidade”, relatou Stephen Cotton, secretário-geral da Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes, o principal sindicato dos marinheiros, à Reuters.
“O feedback dos capitães [dos navio] é certamente sobre o comércio de contêineres, eles ficam muito mais tranquilos em contornar o Cabo [da Boa Esperança]”, colocou.
As organizações trabalhistas marítimas dos EUA têm estado preocupadas com os ataques às embarcações de bandeira dos EUA, o que nove sindicatos chamaram de “os ataques mais significativos à Marinha Mercante dos Estados Unidos em mais de meio século”.
“É extremamente importante que os navios com bandeira dos EUA que transportam cargas comerciais, militares e de ajuda externa recebam a proteção necessária dos militares dos Estados Unidos enquanto transitam pelas águas cada vez mais traiçoeiras do Mar Vermelho”, escreveram os sindicatos em carta de 19 de janeiro para o Comando de Transporte dos EUA.
Da Reuters
Acompanhe SE NEWS em todas as plataformas:
Foto de arquivo divulgada pela Marinha dos EUA |
A Maersk disse que dois navios operados por sua subsidiária nos Estados Unidos e que transportavam suprimentos militares americanos pelo Estreito de Bab al-Mandab, no Mar Vermelho, precisaram dar meia-volta após explosões próximas às suas posições. As embarcações eram acompanhadas pela Marinha dos EUA.
“Durante a rota, ambos os navios relataram terem visto explosões nas proximidades, e a escolta da Marinha dos EUA também interceptou vários projéteis”, pontuou a Maersk em comunicado, acrescentando que estava suspendendo o tráfego no Mar Vermelho por navios da subsidiária americana.
Um porta-voz dos Houthis do Iêmen afirmou que dispararam mísseis balísticos contra vários navios de guerra dos EUA que protegiam dois navios comerciais norte-americanos.
Ambas as embarcações comerciais são operadas pela Maersk Line, Limited, a subsidiária nos Estados Unidos que transporta cargas para o Departamento de Defesa, o Departamento de Estado, a USAID (agência de ajuda humanitária) e outras agências governamentais dos EUA.
Os navios estão inscritos no Programa de Segurança Marítima e no Acordo Voluntário de Transporte Marítimo Intermodal com o governo dos EUA, razão pela qual foram escoltados através do estreito por navios da Marinha dos EUA, explicou a Maersk.
Esses programas são administrados pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos para transportar tropas, suprimentos e equipamentos durante tempos de guerra ou emergência nacional.
Os navios e a tripulação saíram ilesos e foram escoltados de volta ao Golfo de Aden pela Marinha, destacou a Maersk.
O porta-voz militar Houthi, Yahya Sarea, disse em comunicado que as forças Houthis atacaram vários navios de guerra dos EUA com mísseis balísticos nesta quarta-feira (24).
Ele comentou que o “confronto” durou mais de duas horas, com um dos navios de guerra atingido diretamente e os dois navios comerciais tendo “que se retirar e retornar”.
“Vários dos nossos mísseis balísticos atingiram os seus alvos, apesar das tentativas dos navios de guerra para os interceptar”, afirmou o comunicado.
As forças Houthis dispararam três mísseis balísticos antinavio contra o porta-contêineres Maersk Detroit, de bandeira dos EUA,, enquanto ele transitava pelo Golfo de Aden, ressaltou o Comando Central dos EUA.
Não houve relatos de feridos ou danos ao navio, acrescentou a nota.
Tráfego alterado
Em 5 de janeiro, a Maersk anunciou que iria desviar os seus navios porta-contêineres do Mar Vermelho até novo aviso. Até esta quarta-feira (24), os navios da MLL eram a exceção, o que não ocorrerá mais, pontuou a Maersk.
“Após a escalada do risco, a MLL está suspendendo o trânsito na região até novo aviso”, afirmou.
Marinheiros permanecem na linha de fogo e assinaram acordos para receberem pagamento duplo ao entrarem em zonas de alto risco.
“Há um sentimento de vulnerabilidade”, relatou Stephen Cotton, secretário-geral da Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes, o principal sindicato dos marinheiros, à Reuters.
“O feedback dos capitães [dos navio] é certamente sobre o comércio de contêineres, eles ficam muito mais tranquilos em contornar o Cabo [da Boa Esperança]”, colocou.
As organizações trabalhistas marítimas dos EUA têm estado preocupadas com os ataques às embarcações de bandeira dos EUA, o que nove sindicatos chamaram de “os ataques mais significativos à Marinha Mercante dos Estados Unidos em mais de meio século”.
“É extremamente importante que os navios com bandeira dos EUA que transportam cargas comerciais, militares e de ajuda externa recebam a proteção necessária dos militares dos Estados Unidos enquanto transitam pelas águas cada vez mais traiçoeiras do Mar Vermelho”, escreveram os sindicatos em carta de 19 de janeiro para o Comando de Transporte dos EUA.
Da Reuters