Escuna de dois mastros Tay encalhou na Ilha Mount Desert em julho de 1911, resultando na morte do cozinheiro do navio.
Tempestades violentas de inverno atingiram grande parte dos Estados nos últimos dias, trazendo frio intenso e condições perigosas. No estado do Maine, onde tempestades recordes causaram graves inundações, o clima também trouxe um raro vislumbre de um naufrágio de 112 anos no Parque Nacional de Acadia.
A escuna de dois mastros nomeada Tay encalhou na Ilha Mount Desert em julho de 1911, resultando na morte do cozinheiro do navio.
O Tay, capitaneado por IW Scott, de Saint John, New Brunswick, teve um vazamento durante uma tempestade, de acordo com um artigo publicado logo após o naufrágio no Bar Harbor Record. O capitão Scott tentou, sem sucesso, chegar ao porto.
“A folha principal se partiu, e então ele perdeu o mastro principal. O capitão Scott tentou ficar fora da costa sob as velas dianteiras, mas estava muito longe e foi arrastado para dentro das ondas”, relata o artigo.
“O Tay bateu forte, foi ‘desmastreado’ para frente e para trás no primeiro choque e começou a se desintegrar rapidamente”, escreve.
Segundo a notícia, havia seis tripulantes a bordo da embarcação, assim como o capitão e seu filho.
O cozinheiro, J.B. Whelpley, de Saint John, New Brunswick, morreu no acidente. Ainda segundo o Bar Harbor Record, o navio transportava madeira de Saint John para Boston.
Uma carga de telhas foi perdida, mas as tábuas carregadas abaixo do convés foram levadas para a costa.
Um relatório do Serviço Nacional de Parques diz que a tripulação do Tay se refugiou na casa de verão da família local Satterlee depois que conseguiram desembarcar. A família construiu uma casa-barco usando a madeira recuperada para homenagear o naufrágio.
Embora os destroços do navio já tenham sido revelados antes, o avistamento mais recente foi o primeiro em décadas, segundo o Bangor Daily News.
Visitantes e moradores locais veem pedaço da história
Alguns visitantes do Parque Nacional de Acadia puderam ver uma grande parte dos impressionantes restos do navio na Sand Beach de Mount Desert Island, depois que uma tempestade, em 10 de janeiro, trouxe os destroços à superfície.
Molly Moon, moradora local de Bar Harbor, cujos laços familiares com a área remontam a gerações, foi à praia na maré baixa na quinta-feira (11), um dia após a tempestade, para tirar fotos dos destroços ao pôr do sol.
“Foi uma experiência rara espiar a história que esteve enterrada logo abaixo de nossos narizes por mais de cem anos”, relatou Moon à CNN.
“Me lembrei de como sou abençoada por viver nesta bela área e me relacionar com a rica história daqui”, destacou.
Entretanto, Moon não é a primeira pessoa de sua família a ver os destroços emergirem. “Minha avó viu partes dele nos anos 1950; minha mãe viu o casco desenterrado nos anos 1970; e eu tive a sorte de vê-lo retornar acima da areia em 2024.”
Com o tempo instável no fim de semana, o mar parece ter recuperado alguns dos destroços.
Já Ben Sprague levou sua família para ver os restos do navio na segunda-feira (15), após ouvir sobre o caso nas redes sociais e na imprensa. Quando ele fez a visita, os destroços visíveis estavam em pedaços.
“Eles não estão realmente conectados, mas continuam em condições bastante sólidas. Pedaço legal de história!”, escreveu Sprague, que não sabia sobre o naufrágio antes de ele surgir na semana passada, à CNN.
“É incrível pensar em todas às vezes que você esteve em Sand Beach e andou na areia acima daquele naufrágio sem nem perceber”, escreveu ele em um post no Facebook.
O Parque Nacional de Acádia não respondeu imediatamente ao pedido de mais informações da CNN. O parque, que foi estabelecido vários anos após o naufrágio, está localizado principalmente na Ilha Mount Desert, a maior ilha ao largo da costa do Maine.
De acordo com um aviso no site do parque, houve “danos significativos” em todo seu território devido à tempestade de 10 de janeiro.
As áreas do parque permaneceram abertas, exceto onde indicado em comunicado, com os visitantes observando o naufrágio.
Marnie Hunter da CNN
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Foto dos destroços da escuna que naufragou há 112 anos no Maine, Estados Unidos Molly Moon |
Tempestades violentas de inverno atingiram grande parte dos Estados nos últimos dias, trazendo frio intenso e condições perigosas. No estado do Maine, onde tempestades recordes causaram graves inundações, o clima também trouxe um raro vislumbre de um naufrágio de 112 anos no Parque Nacional de Acadia.
A escuna de dois mastros nomeada Tay encalhou na Ilha Mount Desert em julho de 1911, resultando na morte do cozinheiro do navio.
O Tay, capitaneado por IW Scott, de Saint John, New Brunswick, teve um vazamento durante uma tempestade, de acordo com um artigo publicado logo após o naufrágio no Bar Harbor Record. O capitão Scott tentou, sem sucesso, chegar ao porto.
“A folha principal se partiu, e então ele perdeu o mastro principal. O capitão Scott tentou ficar fora da costa sob as velas dianteiras, mas estava muito longe e foi arrastado para dentro das ondas”, relata o artigo.
“O Tay bateu forte, foi ‘desmastreado’ para frente e para trás no primeiro choque e começou a se desintegrar rapidamente”, escreve.
Segundo a notícia, havia seis tripulantes a bordo da embarcação, assim como o capitão e seu filho.
O cozinheiro, J.B. Whelpley, de Saint John, New Brunswick, morreu no acidente. Ainda segundo o Bar Harbor Record, o navio transportava madeira de Saint John para Boston.
Uma carga de telhas foi perdida, mas as tábuas carregadas abaixo do convés foram levadas para a costa.
Um relatório do Serviço Nacional de Parques diz que a tripulação do Tay se refugiou na casa de verão da família local Satterlee depois que conseguiram desembarcar. A família construiu uma casa-barco usando a madeira recuperada para homenagear o naufrágio.
Embora os destroços do navio já tenham sido revelados antes, o avistamento mais recente foi o primeiro em décadas, segundo o Bangor Daily News.
Visitantes e moradores locais veem pedaço da história
Alguns visitantes do Parque Nacional de Acadia puderam ver uma grande parte dos impressionantes restos do navio na Sand Beach de Mount Desert Island, depois que uma tempestade, em 10 de janeiro, trouxe os destroços à superfície.
Molly Moon, moradora local de Bar Harbor, cujos laços familiares com a área remontam a gerações, foi à praia na maré baixa na quinta-feira (11), um dia após a tempestade, para tirar fotos dos destroços ao pôr do sol.
“Foi uma experiência rara espiar a história que esteve enterrada logo abaixo de nossos narizes por mais de cem anos”, relatou Moon à CNN.
“Me lembrei de como sou abençoada por viver nesta bela área e me relacionar com a rica história daqui”, destacou.
Entretanto, Moon não é a primeira pessoa de sua família a ver os destroços emergirem. “Minha avó viu partes dele nos anos 1950; minha mãe viu o casco desenterrado nos anos 1970; e eu tive a sorte de vê-lo retornar acima da areia em 2024.”
Com o tempo instável no fim de semana, o mar parece ter recuperado alguns dos destroços.
Já Ben Sprague levou sua família para ver os restos do navio na segunda-feira (15), após ouvir sobre o caso nas redes sociais e na imprensa. Quando ele fez a visita, os destroços visíveis estavam em pedaços.
“Eles não estão realmente conectados, mas continuam em condições bastante sólidas. Pedaço legal de história!”, escreveu Sprague, que não sabia sobre o naufrágio antes de ele surgir na semana passada, à CNN.
“É incrível pensar em todas às vezes que você esteve em Sand Beach e andou na areia acima daquele naufrágio sem nem perceber”, escreveu ele em um post no Facebook.
O Parque Nacional de Acádia não respondeu imediatamente ao pedido de mais informações da CNN. O parque, que foi estabelecido vários anos após o naufrágio, está localizado principalmente na Ilha Mount Desert, a maior ilha ao largo da costa do Maine.
De acordo com um aviso no site do parque, houve “danos significativos” em todo seu território devido à tempestade de 10 de janeiro.
As áreas do parque permaneceram abertas, exceto onde indicado em comunicado, com os visitantes observando o naufrágio.
Marnie Hunter da CNN