Pesquisas realizadas em Umbaúba, e Canindé conquistaram 1º e 2º lugar
Mais uma vez, Sergipe mostrou para todo o Brasil que produz ciência de qualidade. Nesta sexta-feira, 22, dois projetos desenvolvidos em unidades escolares da rede pública estadual de ensino conquistaram mais uma premiação.
Desta vez, na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), a maior exposição científica escolar no país, realizada na Universidade de São Paulo (USP). A vitória reforça o compromisso do Governo do Estado com a qualidade da educação ofertada na rede pública, possibilitando que as escolas tenham iniciação científica e se tornem um espaço de aprendizado para além das salas de aula.
Em primeiro lugar na categoria ‘Engenharia’, o projeto ‘Acendra: purificação de águas de barreiros à base de biopolímero extraído do quiabo’ é desenvolvido no Centro de Excelência Dom Juvêncio de Britto, em Canindé de São Francisco, no alto sertão do estado. Durante a pesquisa, foi estudado um método para a purificação de água de barreiro sem uso de coagulantes químicos, utilizando mucilagem de quiabo, que resulta em água potável por meio de um processo de baixo custo.
Segundo a professora de química Lark Soany, orientadora da pesquisa, a ideia surgiu a partir da constatação de que 52% da população do alto sertão sergipano, onde está localizada a unidade escolar, é considerada rural, situando-se em territórios com escassez de água potável devido aos longos períodos de estiagem. Ela destacou que, além do primeiro lugar geral na categoria, o projeto também foi premiado em outras cinco categorias especiais.
“Que dia incrível! Como estamos felizes! Subir ao palco da maior feira do país seis vezes foi surreal, e ser o primeiro lugar na categoria de engenharia foi inimaginável. Ainda não estou acreditando. Somos o melhor projeto de engenharia do país, e estamos fazendo isso lá no chão da escola pública de Sergipe. Superamos as expectativas e mostramos que o que estamos fazendo faz sentido, e é preciso que o mundo conheça. Precisamos garantir o acesso à água potável a todos, este é um direito básico. Sergipe tem ciência, sim senhor!”, celebrou a professora.
Um dos membros do projeto é o estudante Lucas Adib, aluno da 3ª série do ensino médio, que considerou a conquista desta sexta-feira na Febrace ainda mais especial, uma vez que no dia 22 de março se comemora o Dia Mundial da Água. “A água é o elemento que une classes, une histórias e, principalmente, lembra que somos humanos. Hoje, no dia 22, Dia Mundial da Água, ganhar em primeiro lugar na categoria de ‘Engenharia’ com um projeto que visa trazer um direito básico do acesso à água potável a todos nos traz um extremo sentimento de agradecimento por estarmos no caminho certo. A esperança do sertão perdurou para conseguirmos chegar até aqui!”, comemorou o jovem cientista.
Além deles, o projeto ‘Acendra’ tem ainda, como coorientadora, a professora de geografia Marisa Gomes Nobre, e como demais integrantes os alunos Arthur Jorge Bezerra Sandes e Anne Gabriela de Freitas Almeida.
Também na categoria ‘Engenharia’, o projeto ‘Fibra de cocos nucifera: uma alternativa sustentável na produção em tijolo de solocimento’, desenvolvido Colégio Estadual Anfilófio Fernandes, de Umbaúba, no sul sergipano, ficou com a segunda colocação. O estudo propõe uma alternativa sustentável de fabricação de tijolo à base de fibra de coco. A pesquisa foi realizada pelos estudantes Yan Kayk da Cruz Ferreira, Shaiana Lima Guimarães e Raquel de Souza Cruz, orientados pelo professor Makel Bruno Oliveira Santos e coorientado pelo ex-aluno do colégio, Alisson Souza da Cruz.
“É difícil expressar em palavras a emoção que estou sentindo neste momento, porque ser reconhecido como vencedor em segundo lugar na categoria ‘Engenharia’, na maior feira de ciências do Brasil, é uma conquista extraordinária, que enche meu coração de gratidão e muito orgulho. Todo esforço, dedicação e trabalho árduo investido nesse projeto finalmente valeu a pena. Essa vitória não é apenas minha, mas de todos os alunos, do coorientador, de todos que nos apoiaram e da escola, que sempre acreditou no nosso potencial. Estou imensamente grato por essa oportunidade e, ao mesmo tempo, emocionado por fazer parte de algo tão grandioso. Que este momento possa inspirar outros jovens a perseguirem seus sonhos e acreditarem no poder da ciência e da educação pública”, expressou o professor Makel Bruno, emocionado.
Na perspectiva do coorientador do projeto, a premiação é prova de que a escola pública tem pontencial para ser um ambiente de transformação social por meio da pesquisa científica. “Eu acredito que a geração futura não é o futuro, mas já é o presente. Eles poderão mostrar sua criatividade e sua inovação por meio da ciência e da pesquisa. Precisamos cada vez mais inserir nas escolas públicas e particulares o acesso à ciência. Precisamos democratizar a ciência ao alcance de todos. Estar na Febrace e ter conquistado o segundo lugar só demonstra que estamos no caminho certo, e é motivo de muito orgulho ver filhos de agricultores subindo ao palco, mostrando que através da pesquisa e da ciência eles poderão mudar a sua realidade”, considerou Alisson Souza da Cruz.
Assim como ele, o estudante Yan Kayk destacou que, além de ser um momento de comemoração pelo bom resultado de um trabalho árduo, a conquista mostra que Sergipe é pequeno apenas em tamanho. “A sensação é de muita felicidade por ser um sonho realizado, por conseguir representar bem o nosso estado na maior feira de ciências do Brasil e, além de tudo, vencer em segundo lugar, algo assim inédito para Sergipe. A gente está elevando a imagem e demonstrando o potencial da escola pública sergipana. Aqui estamos quebrando paradigmas, quebrando tabus e vencendo e demonstrando o resultado de que muito esforço e muita dedicação podem trazer”, disse Yan Kayk.
Para o secretário de Estado da Educação e Cultura, Zezinho Sobral, a vitória dos alunos e professores mostra que a educação sergipana incentiva, apoia a ciência e dá oportunidades para todos os estudantes desenvolverem suas potencialidades. “Sergipe tem ciência, tem iniciação na pesquisa, incentiva o desenvolvimento e dá chances para que nossos alunos e professores desenvolvam incríveis projetos que farão a diferença na vida de toda comunidade escolar. Temos o Profin Projetos, que também estimula nossos jovens a ampliar seus horizontes na pesquisa. Estamos felizes com esses resultados. Nossos alunos, professores e famílias estão de parabéns. Sergipe está radiante”, comemorou Zezinho Sobral.
Febrace
A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia é um programa de talentos em ciências e engenharia que estimula a cultura científica, o saber investigativo, a inovação e o empreendedorismo em jovens e educadores da educação básica e técnica do Brasil.
A grande mostra de projetos científicos e tecnológicos acontece desde 2003, na Universidade de São Paulo (USP), contando com projetos de todo o país, desenvolvidos por estudantes e professores e apresentados em feiras afiliadas da Febrace, com temáticas relacionadas às Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática – STEAM.
Fonte: Febrace
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Foto: Arquivo pessoal |
Mais uma vez, Sergipe mostrou para todo o Brasil que produz ciência de qualidade. Nesta sexta-feira, 22, dois projetos desenvolvidos em unidades escolares da rede pública estadual de ensino conquistaram mais uma premiação.
Desta vez, na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), a maior exposição científica escolar no país, realizada na Universidade de São Paulo (USP). A vitória reforça o compromisso do Governo do Estado com a qualidade da educação ofertada na rede pública, possibilitando que as escolas tenham iniciação científica e se tornem um espaço de aprendizado para além das salas de aula.
Em primeiro lugar na categoria ‘Engenharia’, o projeto ‘Acendra: purificação de águas de barreiros à base de biopolímero extraído do quiabo’ é desenvolvido no Centro de Excelência Dom Juvêncio de Britto, em Canindé de São Francisco, no alto sertão do estado. Durante a pesquisa, foi estudado um método para a purificação de água de barreiro sem uso de coagulantes químicos, utilizando mucilagem de quiabo, que resulta em água potável por meio de um processo de baixo custo.
Segundo a professora de química Lark Soany, orientadora da pesquisa, a ideia surgiu a partir da constatação de que 52% da população do alto sertão sergipano, onde está localizada a unidade escolar, é considerada rural, situando-se em territórios com escassez de água potável devido aos longos períodos de estiagem. Ela destacou que, além do primeiro lugar geral na categoria, o projeto também foi premiado em outras cinco categorias especiais.
“Que dia incrível! Como estamos felizes! Subir ao palco da maior feira do país seis vezes foi surreal, e ser o primeiro lugar na categoria de engenharia foi inimaginável. Ainda não estou acreditando. Somos o melhor projeto de engenharia do país, e estamos fazendo isso lá no chão da escola pública de Sergipe. Superamos as expectativas e mostramos que o que estamos fazendo faz sentido, e é preciso que o mundo conheça. Precisamos garantir o acesso à água potável a todos, este é um direito básico. Sergipe tem ciência, sim senhor!”, celebrou a professora.
Um dos membros do projeto é o estudante Lucas Adib, aluno da 3ª série do ensino médio, que considerou a conquista desta sexta-feira na Febrace ainda mais especial, uma vez que no dia 22 de março se comemora o Dia Mundial da Água. “A água é o elemento que une classes, une histórias e, principalmente, lembra que somos humanos. Hoje, no dia 22, Dia Mundial da Água, ganhar em primeiro lugar na categoria de ‘Engenharia’ com um projeto que visa trazer um direito básico do acesso à água potável a todos nos traz um extremo sentimento de agradecimento por estarmos no caminho certo. A esperança do sertão perdurou para conseguirmos chegar até aqui!”, comemorou o jovem cientista.
Além deles, o projeto ‘Acendra’ tem ainda, como coorientadora, a professora de geografia Marisa Gomes Nobre, e como demais integrantes os alunos Arthur Jorge Bezerra Sandes e Anne Gabriela de Freitas Almeida.
Também na categoria ‘Engenharia’, o projeto ‘Fibra de cocos nucifera: uma alternativa sustentável na produção em tijolo de solocimento’, desenvolvido Colégio Estadual Anfilófio Fernandes, de Umbaúba, no sul sergipano, ficou com a segunda colocação. O estudo propõe uma alternativa sustentável de fabricação de tijolo à base de fibra de coco. A pesquisa foi realizada pelos estudantes Yan Kayk da Cruz Ferreira, Shaiana Lima Guimarães e Raquel de Souza Cruz, orientados pelo professor Makel Bruno Oliveira Santos e coorientado pelo ex-aluno do colégio, Alisson Souza da Cruz.
“É difícil expressar em palavras a emoção que estou sentindo neste momento, porque ser reconhecido como vencedor em segundo lugar na categoria ‘Engenharia’, na maior feira de ciências do Brasil, é uma conquista extraordinária, que enche meu coração de gratidão e muito orgulho. Todo esforço, dedicação e trabalho árduo investido nesse projeto finalmente valeu a pena. Essa vitória não é apenas minha, mas de todos os alunos, do coorientador, de todos que nos apoiaram e da escola, que sempre acreditou no nosso potencial. Estou imensamente grato por essa oportunidade e, ao mesmo tempo, emocionado por fazer parte de algo tão grandioso. Que este momento possa inspirar outros jovens a perseguirem seus sonhos e acreditarem no poder da ciência e da educação pública”, expressou o professor Makel Bruno, emocionado.
Na perspectiva do coorientador do projeto, a premiação é prova de que a escola pública tem pontencial para ser um ambiente de transformação social por meio da pesquisa científica. “Eu acredito que a geração futura não é o futuro, mas já é o presente. Eles poderão mostrar sua criatividade e sua inovação por meio da ciência e da pesquisa. Precisamos cada vez mais inserir nas escolas públicas e particulares o acesso à ciência. Precisamos democratizar a ciência ao alcance de todos. Estar na Febrace e ter conquistado o segundo lugar só demonstra que estamos no caminho certo, e é motivo de muito orgulho ver filhos de agricultores subindo ao palco, mostrando que através da pesquisa e da ciência eles poderão mudar a sua realidade”, considerou Alisson Souza da Cruz.
Assim como ele, o estudante Yan Kayk destacou que, além de ser um momento de comemoração pelo bom resultado de um trabalho árduo, a conquista mostra que Sergipe é pequeno apenas em tamanho. “A sensação é de muita felicidade por ser um sonho realizado, por conseguir representar bem o nosso estado na maior feira de ciências do Brasil e, além de tudo, vencer em segundo lugar, algo assim inédito para Sergipe. A gente está elevando a imagem e demonstrando o potencial da escola pública sergipana. Aqui estamos quebrando paradigmas, quebrando tabus e vencendo e demonstrando o resultado de que muito esforço e muita dedicação podem trazer”, disse Yan Kayk.
Para o secretário de Estado da Educação e Cultura, Zezinho Sobral, a vitória dos alunos e professores mostra que a educação sergipana incentiva, apoia a ciência e dá oportunidades para todos os estudantes desenvolverem suas potencialidades. “Sergipe tem ciência, tem iniciação na pesquisa, incentiva o desenvolvimento e dá chances para que nossos alunos e professores desenvolvam incríveis projetos que farão a diferença na vida de toda comunidade escolar. Temos o Profin Projetos, que também estimula nossos jovens a ampliar seus horizontes na pesquisa. Estamos felizes com esses resultados. Nossos alunos, professores e famílias estão de parabéns. Sergipe está radiante”, comemorou Zezinho Sobral.
Febrace
A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia é um programa de talentos em ciências e engenharia que estimula a cultura científica, o saber investigativo, a inovação e o empreendedorismo em jovens e educadores da educação básica e técnica do Brasil.
A grande mostra de projetos científicos e tecnológicos acontece desde 2003, na Universidade de São Paulo (USP), contando com projetos de todo o país, desenvolvidos por estudantes e professores e apresentados em feiras afiliadas da Febrace, com temáticas relacionadas às Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática – STEAM.
Fonte: Febrace