Operação Locare: Polícia Civil de Sergipe investiga esquema de fraude em licitações e peculato

Empresas do ramo de locação de veículos foram favorecidas, segundo investigação.

Foto: Ascom PC/SE

Atualizado às 9h25 – A Polícia Civil de Sergipe, por meio do Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), deflagrou a Operação Locare, que investiga um esquema criminoso envolvendo contratos de locação de veículos. A ação foi desencadeada após a Justiça autorizar medidas de busca e apreensão em endereços nos municípios de Salgado e Aracaju. O objetivo é reunir provas para um inquérito policial que apura fraudes em licitações, peculato e associação criminosa.

O esquema, que teria favorecido empresas de locação de veículos, envolve suspeitas de procedimentos licitatórios fraudulentos e contratos superfaturados. As empresas investigadas celebraram contratos milionários com o município de Salgado, que, de acordo com a denúncia, não foram executados de forma integral, causando prejuízos ao erário.

“As buscas aconteceram em residências de investigados e em escritórios, tudo objetivando a coleta de provas para que possa ser devidamente apurado e para que os autores sejam responsabilizados”, assegurou o delegado-geral, Thiago Leandro.

Conforme apurado pelo Deotap, uma das empresas foi beneficiada com contratos que somam R$ 3 milhões entre 2021 e 2024. Investigações revelam que ex-sócios dessas empresas atualmente ocupam cargos comissionados estratégicos na gestão municipal, inclusive como secretários.

Os investigadores utilizaram diversas fontes para apurar as irregularidades, como bancos de dados e portais da transparência. As empresas investigadas, além de terem vínculos com os gestores municipais, participaram de licitações simultâneas, o que caracteriza possível fraude. Nos anos de 2021 e 2022, essas empresas teriam recebido cerca de R$ 6 milhões em pagamentos relacionados à locação de veículos e manutenção de frotas.

A medida cautelar foi considerada imprescindível para evitar que provas sejam extraviadas ou destruídas, uma vez que os investigados possuem vínculos diretos com a administração municipal, facilitando manobras para camuflar evidências.

Para o delegado-geral, Thiago Leandro, operações como esta são importantes para garantir o uso adequado de recursos públicos e também para a continuidade das investigações conduzidas pelo Deotap. “O crime de corrupção em licitação exige prova documental, e o Poder Judiciário determinou o cumprimento dessas buscas para se ter um processo transparente e para que os responsáveis pudessem ser responsabilizados”, ressaltou.

Agora, as investigações terão continuidade também com o auxilio do Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro, da Polícia Civil, e também o apoio pericial da Polícia Científica. “Todo o aglomerado de provas irá contribuir apra o melhor esclarecimento dos crimes investigados”, reforçou o delegado-geral, Thiago Leandro.

A Operação Locare continua em andamento e novas diligências devem ser realizadas para aprofundar a investigação.


Fonte: Ascom PC/SE


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